30/06/2020 - 14:56
A Pakistan International Airlines (PIA) foi proibida por seis meses de voar sobre a União Europeia, após denúncias de que um terço de seus pilotos teriam licenças falsas, anunciaram nesta terça-feira(30) a companhia e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA).
A AESA comunicou à PIA que “ainda não foi demonstrado” que os pilotos que continuam a operar possuem as qualificações exigidas e que a agência “perdeu a confiança” na empresa, disse o porta-voz da PIA, Abdullah Khan, à AFP.
A informação foi confirmada pela EASA em nota. A agência “suspendeu a autorização de exploração da PIA” com efeito a partir das 00H00 UTC (GMT) de 1º de julho “, afirma o texto.
“A decisão foi tomada devido a preocupações com a capacidade das autoridades competentes de garantir que as companhias aéreas paquistanesas sigam a todo momento os padrões internacionais aplicáveis”, afirma a EASA.
A agência informou que decidiu com base em “uma investigação recente apresentada pelo Parlamento do Paquistão que revela que grande parte das licenças de pilotos emitidas no país são inválidas”.
O ministro da Aviação do Paquistão, Ghulam Sarwar Khan, anunciou na semana passada que 262 dos 860 pilotos paquistaneses ativos “não realizaram os exames”.
A PIA informou em seguida que 141 de seus 434 pilotos permaneceriam em solo.
Um relatório preliminar atribui a responsabilidade pelo acidente de Karachi, que causou 98 mortes em 22 de maio, à desconcentração dos pilotos e à falta de reação dos controladores de tráfego aéreo.
A PIA foi uma das maiores companhias aéreas do mundo até a década de 1970, mas anos de perdas financeiras, má administração e atrasos, afetaram a imagem da empresa.
Entre março e novembro de 2007, toda a sua frota, com a exceção de oito aviões, foi incluída na lista negra da União Europeia.