A rede social Facebook anexou uma nota informativa a uma publicação do presidente Donald Trump, que publicou na plataforma nestaa terça-feira que a votação por correio levará à eleição “mais corrupta” da história dos Estados Unidos.

A medida, que não implicou a eliminação da mensagem do presidente, parece se basear na promessa dessa rede social de combater a desinformação, que inclui a atividade de líderes mundiais.

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Anteriormente, o Facebook mantinha uma política de não intervenção para discursos políticos em sua plataforma.

Em sua página na rede social, Trump escreveu: “A votação por correio, se não for modificada pelos tribunais, levará à ELEIÇÃO MAIS CORRUPTA na História de nossa Nação! # ELEIÇÃOPREJUDICADA”.

Essa publicação é acompanhada de um pôster postado no Facebook com a legenda “Obter informação oficial sobre como votar nas eleições dos Estados Unidos de 2020 em usa.gov” e um link abaixo para uma página oficial do governo que explica o mecanismo de votação por correio e a votação antecipada.

O presidente publicou uma mensagem idêntica em sua conta do Twitter, mas essa plataforma não colocou nenhum aviso sobre esse conteúdo, ao contrário do que ele fez no final de maio com uma mensagem semelhante de Trump.

Embora o Facebook tenha sustentado há muito tempo que cumpre a política de não verificar as postagens que os líderes políticos postam em sua plataforma, prometeu eliminar qualquer mensagem que possa levar a atos de violência ou postagens enganosas sobre o processo eleitoral.

Recentemente, seguindo o exemplo do Twitter, o Facebook prometeu marcar as postagens que, em circunstâncias normais, seriam removidas por violação das regras de serviço, mas que decidiu manter por seu caráter “noticioso”.

Uma aliança de defensores dos direitos civis pressionou o Facebook, alvo frequente de críticas por lidar com a privacidade do usuário e sua tolerância à desinformação, a fim de adotar uma atitude mais agressiva em relação ao conteúdo que incita o ódio ou espalha notícias falsas, incluindo publicações do presidente e de outros líderes políticos.

Essa coalizão de organizações pediu um grande boicote publicitário contra o Facebook, ao qual mais de 900 empresas aderiram, incluindo Adidas, Puma, Levis, Coca-Cola, Starbucks, Ford e Unilever.