22/07/2020 - 11:09
O número de imóveis disponíveis para aluguel que estão vazios aumentou no estado de São Paulo. Segundo Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), antes da pandemia de coronavírus, o percentual de vacância era de 18%, índice que chegou a 24% em julho.
+ Dólar cai a R$ 5,10 com melhora de visão política, fluxo e notícias externas
+ Receita abre na sexta-feira consulta ao 3º lote de restituição do IRPF
A maior parte desses imóveis (70%) são destinados à locação residencial, enquanto 30% são de alugueis para desenvolvimento de atividades comerciais. Entre as casas e apartamentos para locação residencial, o percentual de imóveis vazios subiu de 9%, em março, para 12% em julho. Para os comerciais, o índice de vacância saiu de 20%, antes da pandemia, para 30% neste mês.
Para o presidente da AABIC, José Roberto Graiche Junior, ainda não é possível estimar quando esses imóveis voltarão a ser ocupados. “A ocupação dos imóveis deve ser retomada à medida que avançarem os estudos sobre a vacina contra a covid-19 e quando a população e as empresas recuperarem a confiança no desenvolvimento da economia”.
Os dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) também confirmam uma maior dificuldade em alugar os imóveis residenciais. Em maio, o tempo médio em que um apartamento para locação residencial pode ficar vazio até a assinatura de um novo contrato ficou entre 39 e 72 dias. Para casas, esse período médio está entre 27 e 51 dias. No mesmo mês de 2019, o tempo de espera variava em média de 24 e 49 dias, para os apartamentos, e de 18 e 43 dias, para as casas.
Renegociação
Um outro levantamento da AABIC já havia apontado para um aumento nas negociações dos valores cobrados pelos alugueis devido a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo a pesquisa, pelo menos um em cada cinco aluguéis residenciais tinham passado por processo de renegociação nos últimos meses no estado de São Paulo.
Os números mostravam ainda uma ligeira alta da inadimplência, que havia subido de uma média de 1,8%, antes da pandemia, para 2,8% depois da crise.
A Defensoria Pública de São Paulo não tem um levantamento de ações para despejo por falta de pagamento de aluguel ou para renegociação dos valores. No entanto, o órgão afirma que tem atuado nesses casos e que, em algumas situações, decisões judiciais permitiram a redução do valor do aluguel em até 70% de pessoas que perderam renda em razão da pandemia.