28/08/2020 - 7:35
As autoridades em Pequim disseram, nesta sexta-feira (28), que forçaram um navio de guerra dos Estados Unidos, a deixar a área do arquipélago de Paracel, no Mar do Sul da China, após o disparo de mísseis chineses na área.
Este incidente ocorre em um contexto de fortes tensões entre Pequim e Washington sobre vários temas, como a situação das liberdades em Hong Kong, a empresa de tecnologia Huawei, ou questões humanitárias, entre outros.
O destróier americano “penetrou sem autorização” na quinta-feira as águas do arquipélago de Paracel, disse Li Huamin, um porta-voz militar chinês, em um comunicado.
“Forças navais e aéreas foram destacadas para seguir, monitorar, verificar, identificar e levar o navio a deixar a área”, acrescentou.
Na sexta-feira, a presença deste navio de guerra foi confirmada pela Frota do Pacífico dos EUA, que explicou que o navio queria “garantir que as vias navegáveis essenciais permaneçam livres e abertas”.
As Ilhas Paracel estão localizadas a uma mesma distância da costa chinesa e da vietnamita e são um território disputado pelos dois países. Após um conflito naval, porém, a Marinha chinesa assumiu o controle da área em 1974.
Washington envia regularmente navios de guerra para essa região, para conduzir o que as autoridades americanas chamam de “operações de liberdade de navegação”.
“Ignorando as regras do direito internacional, os Estados Unidos causaram repetidamente problemas no Mar da China Meridional. Eles querem hegemonia marítima sob o pretexto da liberdade de navegação”, disse Li Huamin.
Os militares chineses dispararam nesta semana quatro mísseis balísticos que pousaram perto das Paracel durante exercícios militares, de acordo com o Ministério da Defesa dos EUA.
Raros nesta área, o lançamento desses mísseis foi interpretado como um sinal de alerta contra as manobras militares dos Estados Unidos, frequentes nos últimos meses.