O CEO do IRB Brasil Re, Antônio Cássio dos Santos, fez um apelo para que parem de dizer que a companhia ainda tem ajustes contábeis a fazer, após os questionamentos que foram feitos aos balanços da empresa no primeiro semestre. “Os ajustes terminaram com a reapresentação das demonstrações financeiras”, disse o executivo.

Santos afirmou ainda que não se pode confundir ajuste contábil com revisão de contas. “Revisão de contas é algo que uma seguradora tem de fazer periodicamente”, disse, durante teleconferência com jornalistas, realizada na segunda-feira, depois de a companhia ter divulgado balanço do segundo trimestre na última sexta-feira, com prejuízo de R$ 685,1 milhões.

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O CEO do IRB também pediu para que analistas e jornalistas não confundam a solvência da companhia com a liquidez regulatória. Segundo ele, após o aporte de capital de R$ 2,3 bilhões, a empresa está “absolutamente solvente”. A cada R$ 1 em obrigação, o IRB tem R$ 2,44 em ativos para cumprir as obrigações. “Somos uma das maiores do mundo em solvência nesse momento”, disse.

Já em relação à liquidez regulatória, Santos destacou que o regulador, em razão do passado inflacionário do Brasil, tem exigido ativos de alta liquidez para cobrir provisões técnicas da companhia. “Nesse aspecto, até o dia 31 de agosto, temos 70% do problema resolvido”, disse o executivo. “Temos nível de provisão nunca antes visto”, afirmou.