03/09/2020 - 12:44
A produção industrial ainda recuou em 11 dos 26 setores pesquisados em julho de 2020 ante julho de 2019, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média global, a indústria encolheu 3,0%, embora julho de 2020 tenha tido 23 dias úteis, assim como julho de 2019. Ou seja, não houve impacto do efeito calendário.
Entre as atividades, o segmento de Veículos automotores, reboques e carrocerias (-34,7%) exerceu a maior influência negativa. Também houve perdas importantes nos ramos de Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-34,6%), de Metalurgia (-11,2%), de Couro, artigos para viagem e calçados (-33,4%), de Máquinas e equipamentos (-10,0%), de Impressão e reprodução de gravações (-48,9%), de Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-21,2%), de Outros equipamentos de transporte (-16,0%) e de Produtos diversos (-12,0%).
Na direção oposta, os avanços mais significativos foram de Produtos alimentícios (9,4%), Bebidas (16,0%), Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,1%), Outros produtos químicos (4,8%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (9,1%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,2%), Perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (10,9%) e Indústrias extrativas (0,9%).
O índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com avanço na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, cresceu de 36,6% em junho para 42,4% em julho.
“Ainda permaneço com um número maior de produtos mostrando queda na produção. É o 10º mês seguido que tem mais produtos investigados mostrando queda do que mostrando alta na produção”, ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.