Com a redução de viagens por conta da pandemia do novo coronavírus, os brasileiros com maior poder aquisitivo têm gastado mais em compras. Essa realidade pode ser observada na emblemática rua Oscar Freire, no Bairro dos Jardins, em São Paulo.

Mas, de acordo com matéria do 6 minutos, a realidade é outra para os negócios da conhecida Rua Augusta. A via pública acumula lojas fechadas e muitas placas de aluga-se. A falta de negociação dos preços dos imóveis é apontada por donos de lojas como um dos motivos.

A disparidade de cenários fica ainda mais curiosa devido à proximidade entre as duas vias. A Rua Augusta cruza com a Rua Oscar Freire no Bairro dos Jardins.

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Segundo a presidente da Associação Comercial dos Jardins e Itaim, Rosangela Lyra, o movimento na Rua Oscar Freire tem sido alto desde a reabertura do comércio na capital paulista.

Os lojistas da rua, segundo Rosangela, afirmam que já retomaram, e em alguns casos até superaram, os níveis de vendas pré-pandemia.

Para especialistas, essa diferença entre ruas de comércio tão próximas não é exclusividade de São Paulo.

Acontece em outras capitais e metrópoles pelo mundo, como Nova York e Londres. O baixo movimento de trabalhadores de escritórios também é destacado como um dos fatores.

Já o público da Oscar Freire, por exemplo, não frequenta a região para trabalhar ou estudar. Esse consumidor classe A, que não está gastando dinheiro em viagens, prefere ir para ruas de comércio ao ar livre do que ir ao um shopping, segundo o 6 minutos.