O governo brasileiro informou que uma das três vítimas do ataque a faca realizado nesta quinta-feira (29) em uma igreja no centro de Nice, sudeste da França, era uma mulher de nacionalidade brasileira.

“O Governo brasileiro informa, com grande pesar, que uma das vítimas fatais era uma brasileira de 40 anos, mãe de três filhos, residente na França”, informou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado. Consultado pela AFP, o Itamaraty não confirmou se a vítima tinha também nacionalidade francesa.

Em sua transmissão semanal pelo Facebook, o presidente Jair Bolsonaro classificou o ataque como um ato de “cristofobia”, e afirmou que um fato desse tipo “tem que ser combatido, não tem que ser com florzinha não”.

“Ela estava lá rezando, entrou esse cara que detesta cristãos. A gente fala em cristofobia. Ele esfaqueou essa senhora lá dentro. A gente lamenta a morte das três pessoas”, declarou o presidente, que identificou a vítima como Simone Barreto Silva.

Segundo informações da imprensa brasileira, Simone morava na cidade francesa havia 30 anos. A vítima ficou gravemente ferida no ataque à basílica de Notre-Dame, cometido por um migrante tunisiano de 21 anos, recém-chegado à França. Ela conseguiu fugir para um bar vizinho ao templo, mas morreu pouco depois, informaram à AFP fontes policiais.

“Digam a meus filhos que eu os amo”, teria conseguido dizer pouco antes de morrer, segundo depoimentos de testemunhas divulgados pelo canal BFMTV.

As outras duas vítimas do atentado foram mortas dentro da basílica: uma mulher idosa, degolada pelo atacante, que tentou decapitá-la, e o sacristão da basílica, um laico de 45 anos, casado e pai de duas filhas.

“O Presidente Jair Bolsonaro, em nome de toda a nação brasileira, apresenta suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinada em Nice, bem como aos das demais vítimas, e estende sua solidariedade ao povo e Governo franceses”, acrescentou o comunicado.

O governo brasileiro expressou, ainda, “seu firme repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação” e manifestou “em especial sua solidariedade aos cristãos e pessoas de outras confissões que sofrem perseguição e violência em razão de sua crença”.