30/10/2020 - 9:12
A Turquia registrou um forte terremoto de magnitude 7 na escala Richter, que provocou o desabamento de vários prédios, deixando quatro mortos e vários feridos – informaram o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) e a imprensa local.
Segundo as autoridades turcas, o terremoto teria sido de magnitude 6,6. O USGS informa que teria alcançado em torno de dez quilômetros de profundidade.
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“Quatro dos nossos concidadãos perderam a vida no terremoto (…) No total, 120 dos nossos concidadãos ficaram feridos”, declarou o ministro turco da Saúde, Fahrettin Koca, no Twitter.
Sentido em Istambul e em Atenas, o sismo ocorreu no mar Egeu, ao sudoeste de Izmir, terceira cidade da Turquia, e perto da ilha grega de Samos.
“Neste momento, recebemos informações, segundo as quais seis imóveis desabaram em Bornova e Bayrakli”, na província de Izmir, anunciou o ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, no Twitter.
“Alguns dos nossos concidadãos estão sob os escombros”, acrescentou o ministro do Meio Ambiente, Murat Kurum, que relatou a queda de cinco edifícios.
As emissoras de televisão do país mostravam imagens de grandes nuvens de poeira, enquanto a população corria para as ruas, em pânico.
Em Bornova, socorristas, moradores e policiais tentavam abrir passagem entre os escombros e um prédio residencial de sete andares, com a ajuda de motoserras, segundo as imagens da emissora pública TRT. De tempos em tempos, os socorristas pediam silêncio para localizar sobreviventes.
Uma jovem foi retirada dos escombros de um prédio desabado, segundo a rede CNN-Türk.
A elevação no nível di mar inundou as ruas de Seferihisar, cidade turca situada perto do epicentro do sismo, relatou a imprensa local.
O governador de Istambul, Ali Yerlikaya, disse que, até o momento, não há informações sobre danos na capital econômica do país.
“Todas as nossas instituições começaram a se deslocar para o local para iniciar os esforços necessários”, declarou o presidente Recep Tayyip Erdogan no Twitter.
Minitsunami na Grécia
Sinal de sua potência, o sismo causou um “minitsunami” e danos materiais na ilha grega de Samos, no mar Egeu, após um forte sismo de magnitude 6,7, noticiou a televisão pública grega Ert.
De acordo com a Chancelaria turca, os ministros das Relações Exteriores de Grécia e Turquia “destacaram que estão prontos para, em caso de necessidade, se ajudar e apoiar mutuamente”.
“Foi o caos, nunca vivemos isso (…) Até agora não temos vítimas. Alguns prédios foram danificados, uma igreja em particular”, situada no porto de Karlovassi, declarou à Ert o vice-prefeito de Samos, Giorgos Dionysiou.
O sismo aconteceu frente à costa desta ilha, perto da cidade turca de Izmir. Segundo imagens divulgadas pela Ert, muros de casas foram derrubados, e inundações no porto de Samos, registradas.
Sentido fortemente em Samos, mas também na ilha de Creta e em Atenas, o sismo, de duração prolongada, “foi registrado às 8h51 (horário de Brasília), e seu epicentro se situou a 19 km de Samos e a 2 km de profundidade”, segundo o último comunicado do Observatório grego de Sismologia.
A Defesa Civil grega advertiu a população de Samos para permanecer “ao ar livre e longe dos prédios”, assim como a “se afastar da costa” da ilha.
A Grécia se encontra sobre importantes falhas geológicas, e os terremotos são frequentes, sobretudo, no mar, e não costuma provocar mortos.
Assim como a Grécia, a Turquia se situa em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Em 1999, um terremoto de magnitude 7,4 sacudiu o noroeste do país, deixando mais de 17.000 mortos – mil somente em Istambul.
Em 2011, um sismo de 7,1 na província de Van matou 600 pessoas. Em janeiro passado, uma outra ocorrência, de magnitude 6,7, deixou em torno de 40 mortos na província de Elazig, no leste do país.