31/10/2013 - 4:51
O Ibovespa foi o melhor investimento de outubro com avanço de 3,7%, conforme levantamento realizado com dados da Anbima, Banco Central e BM&F Bovespa. Esta foi a quarta alta consecutiva no ano, apesar de desempenho negativo em 17,9% no acumulado de 2013.
IBOVESPA tem quarta alta seguida e avança 3,7%; dólar comercial apresenta queda de 1,08%
Sérgio Goldman, sócio da Maximizar Gestão de Patrimônio, explica que a performance do índice, neste mês, apesar de menor do que setembro, pode ser considerada boa. A influência positiva ficou por conta da Petrobras que teve média de valorização de 11% em função da possibilidade de uma nova política de reajustes no preço do combustível.
?Também foram fatores positivos a influência da NYSE que teve altas seguidas no mês e influenciaram a bolsa brasileira, além das ações de empresas exportadoras de commodities que tiveram performances boas no período?, diz Goldman.
Confira os principais rendimentos do mês de outubro:
Outubro também foi o início da temporada de balanços. Empresas como Gerdau e Usiminas apresentaram números positivos no período e contribuíram para a alta do índice. ?Minha aposta é que, em novembro, o Ibovespa ande de lado, mesmo com a continuidade da safra de resultados das companhias?, diz Goldman.
Fundos de Ações
Os fundos de ações dividendos apresentaram valorização de 3,1% em outubro. Essas aplicações centralizam carteiras de ações de empresas com boas perspectivas de pagamentos e oferecem diversidade aos investidores. Já os fundos de ações livres apresentaram avanço de 2,6% no período.
Dólar
O dólar comercial teve variação negativa em outubro com recuo de 1,08%, porém, no acumulado do ano, a moeda apresenta alta de 7,29%. Após atingir, em 21 de agosto, a maior cotação desde 2008, chegando a R$ 2,45, o dólar comercial apresentou, no dia 11 de outubro, o preço mais baixo dos últimos quatro meses, encostando em R$ 2,17.
Fernando Bergallo, gerente de câmbio simplificado da TOV Corretora, explica que, internamente, a queda foi reflexo da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Taxa Selic para 9,5%, anunciada no dia 9 de outubro, e a expectativa do mercado é que ela chegue a dois dígitos até o final do ano.
Na perspectiva de Bergallo, a moeda ficará em um patamar entre R$ 2,20 e R$ 2,30 até o final do ano. ?É importante considerar que o dólar esteve por muito tempo alto, o que pode dar a impressão de que a R$ 2,18 ele esteja barato, mas essa questão conjuntural não pode servir de parâmetro para refletir o preço real da moeda.?
IGP-M
Com alta de 0,86% no mês e 4,54% no acumulado do ano, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado para balizar o preço cobrado pelo aluguel de imóveis, possui tendência de baixa para o final do ano. Na projeção de Fábio Romão, da LCA Consultoria, o IGP-M deverá terminar o ano com uma alta acumulada de 5,7%.
Em 2012, a elevação foi de 7,8%. A expectativa menor se deve aos preços agropecuários, que influenciam no indicador, e fecharam 2012 em alta de 18,8%. ?No geral, o IGP-M do próximo ano não vai ficar nem tão alto como em 2012 nem tão baixo como em 2013.? Isso porque, para 2014, o IGP-M deve acelerar em relação a esse ano e chegar a 6,5%.