23/11/2020 - 22:47
A General Motors (GM) retirou nesta segunda-feira seu apoio ao governo Trump em um processo contra normas da Califórnia para reduzir a poluição causada pelos automóveis, e garantiu ao presidente eleito, Joe Biden, que irá apoiar suas iniciativas envolvendo os veículos elétricos.
Em outubro de 2019, General Motors, Toyota e Fiat Chrysler anunciaram apoio ao processo contra a Califórnia, argumentando que as medidas envolvendo emissões de poluentes deveriam ser estabelecidas em nível federal. O governo Trump adotou uma postura de confronto em relação às normas da Califórnia, que adota padrões ambientais mais severos do que no restante do país.
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Hoje, no entanto, a gigante automobilística americana anunciou a sua retirada imediata do processo e convocou as outras montadoras a fazerem o mesmo, segundo uma carta da diretora executiva da empresa, Mary Barra, destinada a organizações de defesa do meio ambiente.
Mary, que se reuniu com o presidente eleito este mês e teve uma relação complicada com Trump, disse acreditar “que o governo Biden, a Califórnia e a indústria automobilística americana poderão encontrar em conjunto um caminho que trará um futuro totalmente elétrico”.
A executiva indicou que se sentiu “inspirada” pelo plano de Biden, “que mostra uma intenção clara de ampliar a eletrificação dos veículos nos Estados Unidos, criar 1 milhão de empregos, instalar 550 mil estações de carga e colocar as empresas e os trabalhadores do setor automobilístico em posição de ganhar a corrida da eletrificação”.
Biden celebrou o anúncio feito pela empresa. “É uma notícia animadora para a nossa economia, o nosso planeta e o longo sucesso das empresas automobilísticas americanas. A decisão da General Motors confirma quão pouco acertados são os esforços do governo Trump para erodir a engenhosidade americana e as defesas do país contra a ameaça climática”, declarou.
A GM anunciou na semana passada que iria aumentar seus investimentos em veículos elétricos e autônomos em 7 bilhões de dólares nos próximos cinco anos.