07/12/2020 - 15:39
A Universidade de Brown, dos Estados Unidos, realizou um estudo que utiliza simulações computorizadas para seguir fluxos de ar dentro da cabine de passageiros de um automóvel. Com isso, os pesquisadores conseguiram fornecer estratégias para reduzir o risco de transmissão de doenças transportadas pelo ar.
As simulações tinham como sugestão um passageiro sentando atrás do motorista ou no lado oposto no banco traseiro – essas são as duas posições com maior distanciamento possível entre as duas pessoas. O fluxo de ar foi avaliado com o veículo a uma velocidade de 50 milhas por hora (80 km/h), assim como a formação de aerossóis.
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Janelas abertas ou fechadas?
O estudo analisou o risco de as partículas de aerossol serem partilhadas entre um condutor e um passageiro em diferentes configurações de janelas. O risco era maior com as janelas fechadas e “decrescente” com cada janela aberta. O melhor cenário apresentado é com as quatro janelas abertas.
Ar-condicionado ou janelas abertas?
A situação menos indicada é manter todos os vidros fechados e o ar-condicionado ou aquecedor ligado. Além disso, uma ou duas janelas abertas apresentou ser melhor do que todas fechadas.
Qual janela é a melhor para se abrir?
Abrir a janela ao lado do passageiro sentado não é o melhor a ser feito mas, sim, a do lado oposto.
O risco é maior para o motorista ou passageiro?
Devido à forma como o ar flui dentro do carro, a pressão de ar perto dos vidros traseiros tende a ser maior do que a pressão nos vidros dianteiros. O ar tende a entrar no carro através dos vidros traseiros e a sair pelos vidros da frente. Neste cenário, o condutor corre um risco ligeiramente maior do que o passageiro porque o fluxo médio de ar no automóvel vai de trás para a frente.
Não esqueça a máscara
Os pesquisadores afirmam que não há forma de eliminar completamente o risco da propagação do vírus dentro do carro. A atual orientação do Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC) é que adiar a viagem e a estadia, e ficar em casa, é a melhor forma de proteção. Os pesquisadores também afirmam que os ajustes do fluxo de ar não substituem o uso de máscaras por ambos os ocupantes dentro de um carro.