O novo Rogue da Nissan está com boas vendas nos Estados Unidos desde que estreou no mercado em outubro. Puxando um perfil de cliente de alto padrão, o utilitário vai ajudando a montadora japonesa a se reerguer de uma imensa crise gerada desde a prisão do ex-presidente Carlos Ghosn, em 2018.

No meio da avalanche causada pelos escândalos que envolvera a prisão de Ghosn, a Nissan ainda contou com a pandemia da covid-19 para apimentar esses problemas. O resultado disso deve se traduzir em um prejuízo de 340 bilhões de ienes, equivalente a US$ 3,2 bilhões no ano que fiscal que termina em março do ano que vem.

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O Rogue é o primeiro modelo de 12 carros que serão lançados até novembro de 2021 como forma de contornar a má gestão de Ghosn. A ideia é conseguir se recuperar do modelo de negócios implementado anteriormente, que vendia veículos com descontos para aumentar a participação no mercado – o que, obviamente, abalou as finanças da montadora.

O valor de entrada do SUV é de US$ 25.650, podendo chegar a US$ 36.830 na versão Platinum AWD. No Brasil, o modelo deve chegar no ano que vem.

Nos EUA, o Rogue contou com um aumento de 20% nas vendas de novembro do varejo na comparação mensal. Segundo a revista Exame, o sinal dado pelas vendas do Rogue mostra que a Nissan acerta ao vender seus carros sem incentivos fiscais e o público aposta na qualidade dos modelos.