20/12/2020 - 10:21
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos seus membros na Europa que “reforcem seus controles” sobre a nova variante do coronavírus que circula no Reino Unido, afirmou neste domingo (19) à AFP seu setor europeu.
Fora do território britânico, alguns casos foram notificados na Dinamarca (9), assim como um caso na Holanda e na Austrália, de acordo com a OMS, que recomenda que seus membros “aumentem sua (capacidade de) sequenciamento” do vírus antes de saber mais sobre os riscos apresentados por essa variante, disse um porta-voz da OMS Europa.
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Vários países europeus decidiram neste domingo suspender seus voos do Reino Unido, após a detecção de uma nova variação do coronavírus que, segundo o governo britânico, está “fora de controle”.
A OMS afirmou que, além de “indícios preliminares de que a variante poderia ser mais contagiosa”, a cepa em questão “também pode afetar a eficácia de alguns métodos diagnósticos segundo informações preliminares”.
Em vez disso, “não há evidências de qualquer alteração na gravidade da doença”, embora essa questão também esteja sendo investigada.
A OMS oferecerá mais informações assim que tiver “uma visão mais clara das características dessa variante”, disse um porta-voz da OMS na Europa, entrevistada pela AFP.
“Por toda a Europa, onde a transmissão é alta e generalizada, os países devem reforçar seus procedimentos de controle e prevenção”, enfatizou a OMS.
Em uma escala global, a OMS recomenda que “todos os países aumentem suas capacidades de sequenciamento do vírus SARS-CoV-2 sempre que possível e compartilhem dados internacionalmente, especialmente se as mesmas mutações problemáticas forem identificadas”.
Além dos três países que detectaram a cepa do Reino Unido em seu território, “outros países relataram outras variações à OMS, incluindo algumas alterações genéticas na variante britânica”, mais notavelmente uma mutação batizada de “N501Y”.
A África do Sul, que também relatou uma variante problemática na sexta-feira, acredita que a mutação mencionada estaria por trás do aumento das infecções. Uma hipótese que estaria sendo investigada, segundo a OMS.