06/01/2021 - 10:37
O dólar alterna altas e baixas na manhã desta quarta-feira, 6, enquanto os agentes econômicos aguardam novidades sobre a reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro. Para participar do encontro, o ministro Paulo Guedes interrompeu as férias que iam até o dia 11. Do exterior, a influência é majoritariamente de baixa para o dólar: as principais pares do real seguem fortes ante a divisa dos EUA e o petróleo continua sustentando alta.
Desde cedo, o avanço das T-Notes acontece em razão da provável confirmação da “blue wave” (onda democrata) nos Estados Unidos. “Essa possibilidade leva o mercado a precificar maiores gastos fiscais, elevação de impostos e maiores controles, o que poderia resultar em aumento do déficit fiscal, inflação e juros em alta”, escreve o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.
Do noticiário doméstico, agentes também esperam mais informações sobre a medida provisória que, segundo reportagem do Estadão/Broadcast, irá reestruturar o Bolsa Família obedecendo o limite do Orçamento de R$ 34,8 bilhões já reservado para 2021.
Na corrida mundial pela proteção das pessoas contra a covid-19, a União Europeia recomendou nesta manhã a autorização para uso emergencial da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Moderna. Estados Unidos, Canadá e Israel já fazem uso desse imunizante. A decisão vai permitir ampliar a imunização na UE, que tem aplicado na população de risco, também em caráter emergencial, a vacina da Pfizer em parceria com a BioNTech desde dezembro.
Por aqui, o presidente Jair Bolsonaro abordou o processo de vacinação no Brasil em rede social. Disse que o Ministério da Saúde vai esperar os preços das seringas baixarem para refazer a tentativa de aquisição do insumo e ainda culpou a indústria pelo fracasso na compra da semana passada. Ele ainda compartilhou uma lista de países e o seus porcentuais de vacinados até dia 4, buscando mostrar que é “falácia” da mídia que outros países estão avançando na imunização. Na lista, Bolsonaro omitiu algumas nações que mais vacinaram até então, como Israel e Emirados Árabes.