29/01/2021 - 0:08
O estado do Amazonas vive uma crise sem precedentes após o aumento no número de casos da Covid-19. Após a capital Manaus ficar sem oxigênio, outras cidades correm risco de repetir o colapso. Para ajudar a conter essa crise, o governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira, 28, o envio de ajuda ao Amazonas. A iniciativa, que conta com o apoio do setor privado, já arrecadou mais de R$ 1,6 milhão.
Segundo o comunicado, publicado nas redes sociais, o valor será direcionado na construção de usinas de produção de oxigênio para apoiar os hospitais públicos da região.
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Com o novo grande surto de casos de coronavírus, as unidades de saúde de Manaus voltaram a ficar superlotadas e a demanda por oxigênio hospitalar em estabelecimentos públicos de saúde no estado chegou a superar a média diária de consumo em mais de onze vezes. A média móvel de mortes no estado cresceu 217% em relação ao dado de três semanas atrás.
De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, as empresas aumentaram a produção ao limite e buscam soluções de importação do insumo. A White Martins, principal fornecedora de oxigênio para o governo do Amazonas, informou que atua para viabilizar a importação do produto da Venezuela para suprir a demanda.
Leia comunicado na íntegra
Diante da crise sanitária instaurada em Manaus, o governo dos EUA, por meio da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), o Grupo +Unidos, a Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e a UNA+ formaram a iniciativa Juntos Pelo Amazonas para adquirir insumos hospitalares e para apoiar as ações de enfrentamento e combate à Covid-19 no estado do Amazonas.
Até o momento, a iniciativa arrecadou, por meio da parceria com o Mercado Pago, mais de R$ 300 mil em doações diretas. Além de fornecer equipamentos de proteção aos trabalhadores da área de saúde no o estado, a iniciativa doou R$ 1,6 milhão para o programa Unidos Contra a Covid-19 da Fiocruz. O valor será empregado na construção de usinas de produção de oxigênio para apoiar os hospitais públicos da região. Até o momento, a fundação e o setor privado já doaram cinco usinas.