30/01/2021 - 3:45
A Organização Mundial do Turismo (OMT) cravou que o turismo mundial registrou seu pior ano da história em 2020, com queda de 74% nas chegadas internacionais. Destinos em todo o mundo receberam 1 bilhão de chegadas internacionais a menos em 2020, em relação a 2019, justamente por conta da pandemia e suas restrições. Em comparação feita pela OMT, o declínio registrado durante a crise econômica global de 2009 foi de 4%.
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“De acordo com o último Barômetro Mundial do Turismo da OMT, o colapso das viagens internacionais representa uma perda estimada de US$ 1,3 trilhão em receitas de exportação, um número que é mais de onze vezes as perdas registradas durante a crise econômica global de 2009. A crise colocou em risco entre 100 e 120 milhões de empregos diretos no turismo, muitos deles em pequenas e médias empresas”, informou o órgão.
Segundo a OMT, a crise ainda está longe de terminar. “Muito tem sido feito para tornar as viagens internacionais seguras, mas estamos cientes de que a crise ainda está longe de terminar. A harmonização, coordenação e digitalização de medidas relacionadas com viagens para reduzir o risco de propagação de Covid-19, incluindo testes, rastreamento e certificados de vacinação, são a base essencial para promover viagens seguras e preparar a recuperação do turismo assim que as condições permitir”, disse o secretário-geral Zurab Pololikashvili.
Perspectivas de recuperação permanecem cautelosas
A última pesquisa do grupo de especialistas da OMT mostra perspectivas diversas para 2021. Quase metade dos entrevistados (45%) prevê um panorama melhor em 2021 do que em 2020, enquanto 25% esperam comportamento semelhante e 30% prevêem piora dos resultados em 2021.
Já 50% dos entrevistados não acreditam que a recuperação ocorrerá até 2022, em comparação com 21% que expressaram essa opinião em outubro de 2020. A outra metade dos entrevistados ainda vê uma potencial recuperação em 2021, embora as expectativas sejam inferiores às expectativas de outubro da pesquisa (79% de recuperação esperada em 2021).
América é a região menos afetada
As Américas registraram uma queda de 69% nas chegadas internacionais, com resultados ligeiramente melhores no último trimestre do ano, tornando-se a região menos afetada pela pandemia em 2020. Já a Ásia e o Pacífico (-84%) – a primeira região a sofrer os efeitos da pandemia e uma das que apresentam as restrições de viagens mais severas – registrou a maior queda nas chegadas em 2020 (300 milhões a menos).
O Oriente Médio e a África registraram queda de 75%. Já a Europa teve uma queda de 70% no número de chegadas, apesar de uma pequena e breve recuperação no verão de 2020. Foi a região que sofreu o maior declínio em termos absolutos, com uma queda de mais de 500 milhões de turistas em 2020.