25/02/2021 - 12:41
O desempenho da arrecadação no mês de janeiro foi impulsionado por pagamentos atípicos de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) e de cotas do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) que seriam pagas em 2020 e foram adiadas por conta da crise do coronavírus.
Por outro lado, de acordo com relatório divulgado pela Receita Federal, houve aumento das compensações tributárias efetuadas em janeiro, que somaram R$ 23,097 bilhões, uma alta de 38,41%, o que reduziu a arrecadação do mês.
No mês passado, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 180,221 bilhões, um recuo real (já descontada a inflação) de 1,5% na comparação com o mesmo mês de 2020. Em relação a dezembro do ano passado, houve aumento real de 13,02%.
O valor arrecadado foi o segundo maior para meses de janeiro da série, que tem início em 2008, ficando atrás apenas do primeiro mês de 2020, quando foi R$ 182,969 bilhões, em valores corrigidos.
De acordo com a Receita, sem considerar os pagamentos atípicos e as compensações, haveria um crescimento real de 3,72% da arrecadação no mês passado. Em janeiro, houve alta real de 5,78% na arrecadação do IRPJ e da CSLL, que somaram R$ 57,591 bilhões. Houve pagamentos atípicos de R$ 1,5 bilhão decorrentes da alienação de participações societárias por algumas empresas.
Em janeiro, o IRPF apresentou uma arrecadação de R$ 3,498 bilhões, crescimento real de 63,75%, devido ao diferimento do pagamento do imposto. Houve crescimento ainda na arrecadação do Imposto sobre a Importação e o IPI Vinculado (20,26%) por conta de aumento na taxa média de câmbio (29,08%), entre outros fatores.