11/03/2021 - 7:09
Confira uma relação com dez momentos cruciais da pandemia da covid-19, desde o surgimento na China de uma doença então desconhecida, no final de 2019, até as atuais campanhas de vacinação:
– Surgimento –
Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebe a informação sobre a existência de preocupantes casos de uma pneumonia “de origem desconhecida” na cidade chinesa de Wuhan.
Em 7 de janeiro de 2020, a causa é identificada: é um novo vírus da família dos coronavírus. Quatro dias depois, Pequim anuncia a primeira morte oficial de uma doença que mais tarde se chamará covid-19.
Em 23 de janeiro, Wuhan é isolada do mundo para tentar conter a epidemia. Vários países estão começando a repatriar seus cidadãos da China.
A primeira morte oficial fora da Ásia é registrada em 15 de fevereiro: um turista chinês hospitalizado na França.
– Pandemia –
Em 6 de março, a epidemia supera a marca de 100 mil casos no mundo. O primeiro país europeu afetado, a Itália, impõe um confinamento no norte, que mais tarde se estende para o restante do território.
Em 11 de março, a OMS classificou a covid-19 como uma pandemia. Os mercados financeiros afundam. Governos e bancos centrais anunciam as primeiras medidas em massa de apoio à economia.
– Uma Europa entrincheirada –
Em 16 de março, a Alemanha orienta sua população a “ficar em casa”, e o Reino Unido, a evitar qualquer “contato social”. Um dia depois, a França entra em confinamento. A União Europeia anuncia o fechamento de suas fronteiras externas.
Em 24 de março, os Jogos Olímpicos de Tóquio de julho de 2020 são adiados para o ano seguinte. Um dia depois, a ONU avisa que a pandemia “ameaça toda humanidade”.
– Metade da humanidade confinada –
Medidas de confinamento são decretadas no mundo todo.
Em 2 de abril, mais de 3,9 bilhões de pessoas, ou seja, metade da humanidade, são obrigadas, ou orientadas, a cumprirem confinamento, de acordo com uma contagem da AFP. O limite de um milhão de casos foi ultrapassado.
Muitos setores sofrem as consequências da pandemia e anunciam fortes cortes em seu quadro de funcionários: do transporte aéreo à fabricação de automóveis, passando pelo turismo e pela grande distribuição.
Em 29 de abril, a fabricante de aviões norte-americana Boeing cortou 16.000 postos de trabalho.
– A polêmica hidroxicloroquina –
Promovida pelo professor francês Didier Raoult e apoiada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a hidroxicloroquina é classificada como um tratamento ineficaz por um estudo internacional de grande alcance publicado em 22 de maio.
A publicação tem erros, porém, e acaba sendo retirada. Em 5 de junho, um teste britânico também conclui que o produto é ineficaz.
– Forte avanço na América Latina –
Em 7 de junho, a pandemia passa de 400.000 mortos e avança rapidamente na América Latina. O Brasil se torna o segundo país com mais óbitos, atrás dos Estados Unidos, enquanto seu presidente, Jair Bolsonaro, minimiza a doença, que ele chama de “gripezinha”. Ele próprio acabará infectado, como Trump, assim como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
– Boicote às máscaras –
O aumento dos casos leva vários países europeus a imporem o uso de máscaras nos transportes, nas ruas, escolas, ou empresas.
No final do verão, manifestações contra o uso de máscara são convocadas em Berlim, Londres, Paris e Roma.
– Segunda e terceira ondas –
Em 28 de setembro, supera-se o limite de um milhão de mortes. Na Europa, os contágios voltam a disparar em outubro, e vários países decretam, mais uma vez, medidas de confinamento e toques de recolher. As medidas são parcialmente suavizadas por ocasião das festas de fim de ano.
Os Estados Unidos mergulham em uma crise sanitária: em 13 de janeiro de 2021, são registradas 4.470 mortes em 24 horas. E, em 23 de fevereiro, chega-se a meio milhão de mortes, um número maior do que as vítimas na Primeira e Segunda Guerras Mundiais e na Guerra do Vietnã juntas.
– Novas variantes –
O aparecimento na Inglaterra de uma variante mais contagiosa obrigou Londres, em 5 de janeiro, a impor um novo confinamento. O restante da Europa endurece as restrições.
Outras variantes altamente contagiosas são detectadas no Brasil e na África do Sul.
O número de mortos duplica em menos de quatro meses e chega a dois milhões em 15 de janeiro de 2021.
– Esperança nas vacinas –
As campanhas de vacinação começaram em dezembro no Reino Unido, Rússia, Estados Unidos e União Europeia. A China está vacinando desde julho.
No início de março, a pandemia começa a dar sinais de desaceleração nos Estados Unidos, mas volta a crescer na Europa, e a América Latina ultrapassa a marca de 700.000 mortes em 9 de março.
Nessa data, mais de 300 milhões de doses foram administradas em todo mundo, e alguns países começam a flexibilizar as restrições.
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