15/03/2021 - 23:24
A variante do coronavírus, detectada pela primeira vez em setembro no Reino Unido, conhecida tecnicamente por B.1.1.7, pode estar associada a um aumento de 61% no risco de morte em adultos, indica um estudo publicado nesta segunda-feira (15).
Uma equipe de cientistas dirigida por Nicholas Davies, da Escola de Higiene e Medicina Tropical, em Londres, chegou a esta conclusão, publicada na revista científica Nature, depois de analisar 2.245.263 casos positivos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 e 17.452 mortes por covid-19 no Reino Unido, entre 01 de setembro de 2020 e 14 de fevereiro de 2021.
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Até agora, estava comprovado que a B.1.1.7, como outras variantes de risco, era mais transmissível, mas esta informação sobre o seu efeito na taxa de mortalidade, que requer ainda mais estudos, pode ter consequências na gestão da pandemia, referem os investigadores num artigo sobre o estudo publicado na Nature.
Dado que outras variantes do SARS-CoV-2 podem apresentar características parecidas com a britânica, os autores fizeram um modelo para corrigir a possível identificação errónea da B.1.1.7 nos testes de diagnóstico e a partir desse modelo, concluíram que a variante detetada no Reino Unido, que atualmente está presente em muitos países do mundo, pode ser associada a um risco de morte acrescido em 61%.
“O nosso estudo sugere que a B.1.1.7 não só é mais transmissível dos que as outras variantes preexistentes de SARS-CoV-2, como também pode causar uma doença mais grave”, apontaram.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.654.089 mortos no mundo, resultantes de mais de 119,7 milhões de casos de infeção.