Quase metade dos brasileiros está satisfeita com os serviços públicos digitais. É o que aponta pesquisa a Transformação digital dos governos Brasileiros: Satisfação cidadã dos usuários de serviços digitais nos Estados e Distrito Federal, lançada na semana passada.

O estudo revela que entre 45% e 69% dos entrevistados afirmaram conhecer e confirmaram sua satisfação com os serviços públicos digitais. O trabalho é resultado de uma parceria do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Administração (Consad), por meio do seu Grupo de Trabalho para a Transformação Digital (GDT), com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A pesquisa foi realizada entre os meses de outubro e dezembro de 2020, com amostras representativas da população de cada unidade federativa, com idade superior aos 16 anos, entrevistando 13.250 pessoas.

+ Mais da metade dos brasileiros estão satisfeitos com serviços digitais

O objetivo é reunir informações sobre a adaptação dos cidadãos ao mundo digital, seu nível de conectividade e uso de internet, sua avaliação sobre a oferta de serviços públicos digitais e a experiência com serviços digitais oferecidos pela iniciativa privada, além de outros aspectos.

“Um dos grandes objetivos do governo é atender de forma célere, democrática e transparente o cidadão em todas as formas de serviços públicos. Com as ferramentas digitais, muitos serviços que os estados ainda tinham dificuldade em oferecer ao cidadão, se tornam possíveis por meio do uso dessas tecnologias”, afirma Fabrício Marques Santos, presidente do Consad.

O gestor tem acompanhado os avanços no setor privado e afirma que os governos precisam intensificar ainda mais investimentos nessa agenda para tornar a gestão pública mais moderna, célere e com real capacidade de atender às principais demandas sociais.

De acordo com levantamento, os Estados brasileiros apresentam níveis de conexão à internet por wi-fi em casa entre 72% e 93%. Pelo celular, esse índice varia entre 90% e 98%. Em relação aos níveis de adaptação com pouca dificuldade da população ao mundo digital os percentuais variaram entre 80% e 96%. Já o grau de dificuldade de utilização dos serviços digitais estaduais oscilou entre 24% e 60%. No que diz respeito à confiança na proteção de dados pessoais pelos governos estaduais a margem ficou entre 31% e 60%.

Os números compilados revelaram que acesso à internet wi-fi em casa está em 83,7% dos lares para a região Nordeste; 84,2% para a região Norte; 85,2% para a região Centro-Oeste; 90,3% para a região Sudeste e 90,5% para a região Sul. A média brasileira é de 86,7%. Por outro lado, o acesso à internet móvel pelo celular está com 93,7% para a região Nordeste; 93,9% para a região Centro-Oeste; 95,1% para a região Sudeste; 95,6% para região Norte e 96,2 para a região Sul. A média brasileira é 94,7%.

Dificuldades

O levantamento também aponta o nível de dificuldade que os cidadãos apresentam ao utilizar os serviços digitais de cada Estado. O problema foi confirmado na região Sul (40,6%); região Centro-Oeste (42,7%); região Nordeste (43,1); região Norte (48,1%) e região Sudeste (48,5%). A média brasileira foi de 44,8%.

No Estado do Amazonas, 41% dos entrevistados afirmaram desconhecer ou nunca ter utilizado os serviços digitais federais, 26% os serviços digitais estaduais, 41% os serviços digitais municipais e 0 os serviços digitais oferecidos pelo setor privado.

Em Alagoas, 26% dos pesquisados afirmaram desconhecer ou nunca ter utilizado os serviços digitais federais, 26% os serviços digitais estaduais, 45% os serviços digitais municipais e 1% os serviços digitais oferecidos pelo setor privado. Na Bahia, 35% dos entrevistados afirmaram desconhecer ou nunca ter utilizado os serviços digitais federais, 43% os serviços digitais estaduais, 53% os serviços digitais municipais e 0 os serviços digitais oferecidos pelo setor privado.

Em São Paulo, 24% dos entrevistados afirmaram desconhecer ou nunca ter utilizado os serviços digitais federais, 26% os serviços digitais estaduais, 39% os serviços digitais municipais e 0 os serviços digitais oferecidos pelo setor privado. No Estado do Rio de Janeiro, 29% dos entrevistados afirmaram desconhecer ou nunca ter utilizado os serviços digitais federais, 32% os serviços digitais estaduais, 47% os serviços digitais municipais e 1% os serviços digitais oferecidos pelo setor privado.

Já no Rio Grande do Sul, 28% dos respondentes afirmaram desconhecer ou nunca ter utilizado os serviços digitais federais, 32% os serviços digitais estaduais, 37% os serviços digitais municipais e 0 os serviços digitais oferecidos pelo setor privado.