23/03/2021 - 23:46
O Instagram está no topo da lista de aplicativos mais ‘invasivos’ que recolhem e compartilham dados dos usuários, de acordo com uma pesquisa feita pela empresa de armazenamento em nuvem ‘pCloud’, que analisou os termos de privacidade recentemente introduzidos por vários aplicativos de forma a cumprirem as exigências da loja digital da Apple.
A pesquisa demonstra que o Instagram, especificamente, recolhe 79% dos dados pessoais dos seus usuários e compartilha com terceiros, incluindo o histórico de pesquisa, localização, contatos e informações financeiras, escreve o “The Independent”.
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Qualquer informação que o usuário concorde em ser armazenada por um aplicativo ao se inscrever pode ser analisada para o seu benefício e até mesmo compartilhada. Tudo, desde o seu histórico de navegação até à sua localização, incluindo os seus dados bancários, os seus contatos e, até seus dados relativos ao exercício físico, que podem ser valiosos para os aplicativos para armazenarem, usarem ou venderem.
O segundo pior infrator por compartilhar dados pessoais dos seus usuários foi a empresa dona do Instagram, o Facebook. A rede social cedeu 57% dos dados dos seus usuários a terceiros, que podem incluir empresas associadas à rede social de Mark Zuckerberg.
O aplicativo de entrega de comida Uber Eats também teve pontuação negativas, figurando entre as 10 primeiras ao lado do LinkedIn, Trainline, YouTube, Duolingo e eBay. Por outro lado, outros aplicativos de entrega de comida como a Just Eat, Grubhub e My McDonald’s estavam entre as poucas plataformas que não fornecem dados dos seus usuários.
Além dos aplicativos de entrega de comida, também a Signal e a Telegram, bem como serviços de streaming online BBC iPlayer e Netflix, protegem os dados dos seus utilizadores ao não compartilharem com terceiros.
Os novos termos de privacidade da Apple forçaram as empresas de tecnologia a divulgar exatamente como rastreiam as pessoas.
Após atrasar o lançamento dos seus termos de privacidade, o Google revelou esta semana que recolhe a localização dos usuários, informações financeiras, histórico de navegação e dados de áudio.
Quando a atualização do App Store foi anunciada pela primeira vez no ano passado, os defensores da privacidade disseram que o novo padrão de transparência era crítico para o futuro da privacidade online.