05/04/2021 - 15:19
O Fundo Monetário Internacional anunciou, nesta segunda-feira (5), a extensão do mecanismo de alívio da dívida para 28 dos países mais pobres do mundo, iniciado há um ano para permitir que enfrentassem melhor o impacto da covid-19.
O alívio do serviço da dívida sob a Garantia de Contenção e Alívio de Catástrofes (FFACC) foi lançado inicialmente em abril de 2020, no início da pandemia.
Naquele momento, abrangia 25 países durante um período de seis meses. Em outubro passado, o dispositivo foi ampliado para um total de 28 países e foi prorrogado até 13 de abril de 2021.
A direção executiva do FMI aprovou em 1º de abril estender este dispositivo até 15 de outubro, anunciou nesta segunda-feira a instituição com sede em Washington em um comunicado de imprensa.
O Fundo FFACC fornece alívio do serviço da dívida na forma de subsídios aos países mais pobres afetados por desastres naturais ou de saúde pública.
“O alívio da dívida proporcionado pelo FFACC tem como objetivo liberar recursos para atender necessidades excepcionais do balanço de pagamentos geradas por uma catástrofe, em vez de ter que destinar esses recursos ao serviço da dívida”, segundo o FMI.
Em resposta à pandemia, em março de 2020 a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, iniciou um esforço urgente de arrecadação de fundos com a meta de alcançar 1 bilhão de dólares em doações para o Fundo FFACC.
O FMI disse nesta segunda-feira que até agora conseguiu contribuições de um total de 774 milhões de dólares, incluindo da União Europeia, do Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Holanda, Suíça, Noruega, Singapura, China, México, Filipinas, Suécia, Bulgária, Luxemburgo e Malta.
A grande maioria dos 28 países beneficiários são da África, apesar de também incluir o Haiti, Afeganistão, Ilhas Salomão, Nepal, Tajiquistão e Iêmen.
O Fundo FFACC permitiu em 2015 ajudar os três países afetados pelo ebola (Guiné, Libéria e Serra Leoa). Seu antecessor, o Fundo Fiduciário para o Alívio da Dívida depois de uma Catástrofe, permitiu eliminar o total da dívida do Haiti pendente do pagamento ao FMI depois de um terremoto devastador em 2010.