16/04/2021 - 17:12
O dólar se enfraqueceu ante a maior parte das moedas de economias desenvolvidas, com demanda pela segurança da divisa americana reduzida por conta do sentimento de risco positivo nos mercados após a divulgação de indicadores macroeconômicos robustos de China e Estados Unidos. O índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em baixa de 0,07%, a 91,556 pontos, caindo 0,66% na semana.
Um dia após resultados de pedidos de auxílio-desemprego e vendas de varejo muito bem recebidos pelos mercados, a Universidade de Michigan informou que o índice de sentimento do consumidor nos EUA elaborado subiu de 84,9 em março a 86,5 na preliminar de abril.
A exemplo da maior economia do planeta, a China também deu sinais de que está em pleno processo de retomada. A expansão anualizada de 18,3% do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no primeiro trimestre foi bem mais acelerada do que o avanço de 6,5% nos três meses anteriores, embora tenha ficado aquém das previsões do mercado.
Em março, os investimentos em ativo fixo e a produção industrial também frustraram previsões, mas as vendas no varejo disparam 34,5% na comparação anual e superaram o consenso de analistas. Nesse ambiente, o dólar cedia a 6,5219 yuans no mercado onshore e avançava a 108,79 ienes por volta das 17h.
No mesmo horário, o euro se elevava a US$ 1,3839 e o libra, a US$ 1,1983. A Europa tem ficado para trás de EUA e Ásia na corrida pela recuperação econômica. Pelos cálculos da Capital Economics, o PIB da zona do euro teve contração de 0,8% no primeiro trimestre de 2021 ante o anterior e terá expansão de 3% no ano inteiro.
Nesta sexta, foi informado que as exportações no bloco caíram 2,5% em fevereiro ante janeiro, enquanto o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 1,3% na comparação mensal de março. “Depois de subir ainda mais nos próximos meses, a inflação vai cair no próximo ano, permitindo ao Banco Central Europeu (BCE) persistir com sua política monetária ultra-frouxa”, prevê a consultoria britânica.
Entre moedas digitais, o Bitcoin recuava 2,52%, a US$ 61.782, depois que o Banco Central da Turquia anunciar que vai banir pagamentos com criptomoedas a partir do final deste mês. Entre os motivos da suspensão, a autoridade monetária citou a falta de “mecanismos de supervisão” e a “volatilidade excessiva” das divisas digitais. No final da tarde, o dólar subia a 8,0642 liras turcas.