O vulcão Pacaya, localizado cerca de 25 km ao sul da Cidade da Guatemala, voltou a ficar ativo nesta quinta-feira (29), causando uma nova fissura no maciço de onde flui um rio de lava que pode se espalhar para as comunidades próximas.

O vulcão havia encerrado, na última sexta-feira, uma forte atividade eruptiva de quase três meses que manteve o país em suspense, especialmente devido à lava que chegou a cerca de 450 metros das primeiras casas nas aldeias de El Rodeo e El Patrocinio, contruídas na base do vulcão.

No entanto, quase uma semana depois, “os parâmetros de monitoramento sísmico indicaram uma mudança de atividade explosiva para predominantemente efusiva, o que resultou na geração de um novo fluxo de lava no flanco norte do vulcão”, explicou David de León, porta-voz da Proteção Civil.

A erupção efusiva emana lava para o solo, diferente da considerada explosiva, com expulsões violentas de fumaça, cinzas e material incandescente.

De León explicou que o fluxo de lava, de cerca de 200 metros, emerge de uma nova fissura no vulcão que provoca “sons semelhantes aos de uma locomotiva de trem, desgaseificação contínua e algumas explosões fracas que geram cinzas”.

Imagens compartilhadas pelo Exército mostraram o novo fluxo vulcânico avançando lentamente sobre as rochas de erupções anteriores.

Na quarta-feira, um grupo de moradores dos arredores do vulcão saiu em procissão, pedindo ao patrono da cidade, San Vicente, para apaziguar a ira de Pacaya.

A prolongada erupção de março provocou o fechamento por 24 horas do aeroporto La Aurora da capital, o único internacional do país, devido a rajadas de vento que provocaram a queda de cinzas em regiões ao norte do vulcão, incluindo a Cidade da Guatemala.