05/05/2021 - 3:59
Lindley Johnson, oficial de Defesa Planetária da NASA, explica que o painel de cientistas da NASA foi confrontado com um dos cenários mais desafiantes durante a conferência International Academy of Astronautic’s Planetary Defense na semana passada e que a equipe simplesmente não conseguiu encontrar a solução para evitar o impacto, mesmo considerando a utilização de armas nucleares.
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O objetivo do exercício passa também por envolver as comunidades de gestão de crises e de resposta de emergência a cooperar e a pensar juntas na reação que teríamos de ter, enquanto planeta, para desviar um asteroide no espaço.
A equipe do Centro para Estudos de Objetos Próximos à Terra da NASA descreveu o objeto hipotético, com o nome 2021 PDC e foi partilhando informações ao longo dos quatro dias do evento. Os participantes aprenderam que o objeto media entre 35 e 700 metros e que havia uma probabilidade de colisão de 1 para 20, algures para outubro deste ano.
As observações permitiam concluir que havia uma probabilidade de 100% de impacto. A equipe de projeto, com várias centenas de participantes, acabou por assumir que seria impossível preparar uma missão espacial que pudesse desviar o asteroide ou realizar qualquer outra forma de mitigar o perigo e evitar a colisão antecipadamente. A porta-voz assumiu que, dado o estado atual da tecnologia e a forma como as missões são executadas, são precisos pelo menos dois anos para a preparação e desenvolvimento.
No último dia, os participantes tiveram de focar a discussão, a uma semana da colisão, em torno de planos de evacuação e de resposta a crises algures na região a sul de Praga.
Os especialistas disseram que não seria possível preparar e enviar uma nave para desviar a trajetória do asteroide em tão pouco tempo e que nem a hipótese de mitigação com recurso a uma arma nuclear seria viável. A recomendação foi o desenvolvimento de aeronaves de resposta rápida que possam ser colocadas em órbita com poucos dias ou semanas de antecedência.
Vale lembrar que a NASA está a próxima de concluir a missão Sistema de Redirecionamento de Asteroide Duplo, uma missão que pretende estabelecer as bases para futuras tentativas de desvio de trajetórias de asteroides que ameacem a Terra. Por outro lado, há ainda a Missão de vigilância de objetos próximos à Terra, que pretende monitorar o Sistema Solar em busca de asteroides potencialmente perigosos e que será lançada ainda este ano.