São Paulo, 5 – A fabricante norte-americana de máquinas CNH Industrial, dona de marcas como Case IH e New Holland, registrou lucro líquido de US$ 408 milhões, ou US$ 0,30 por ação, no primeiro trimestre deste ano, informou a empresa nesta quarta-feira. Com o resultado, a companhia reverte prejuízo líquido de US$ 65 milhões (perda de US$ 0,05 por ação) reportado em igual período do ano passado.

O lucro líquido ajustado, que exclui custos não recorrentes, foi de US$ 454 milhões no período (US$ 0,32 por ação), ante prejuízo ajustado de US$ 66 milhões (perda de US$ 0,06 por ação) do primeiro trimestre de 2020. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado foi de US$ 545 milhões, alta de 468%.

A receita líquida aumentou 37% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, para US$ 7,473 bilhões. Em comunicado divulgado para a imprensa e investidores, a companhia atribuiu o desempenho trimestral à demanda elevada em seus mercados. A empresa classificou o seu desempenho no primeiro trimestre do ano como “robusto”. “Superamos desafios sem precedentes da cadeia de suprimentos, o aumento dos custos das commodities e o impacto persistente da covid-19 para oferecer soluções sólidas no crescimento da receita e expansão da margem, também acima do desempenho do primeiro trimestre de 2019”, afirmou o CEO da companhia, Scott Wine, no comunicado.

O resultado trimestral da CNH veio em linha com o obtido nos trimestres anteriores, quando a receita já vinha apresentando alta. Assim como outras empresas do setor, o desempenho da CNH reflete a retomada na comercialização de máquinas e equipamentos agrícolas com agricultores voltando a investir em equipamentos, após o pico da pandemia do novo coronavírus, impulsionados pela alta rentabilidade das commodities. “Todos os nossos negócios e marcas tiveram um bom desempenho, e ficamos particularmente encorajados pelos fortes resultados entregues pela divisão de agricultura”, disse Wine.

As vendas de equipamentos agrícolas da CNH subiram 35% no trimestre, de US$ 2,244 bilhões para US$ 3,038 bilhões. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado do segmento ficou em US$ 399 milhões, avanço de 1.563% ante os US$ 24 milhões obtidos em igual intervalo do ano anterior. A companhia afirmou que o resultado reflete o aumento da demanda mundial por máquinas e equipamentos agrícolas, maior volume de vendas e ajustes de preços médios.

Segundo dados da CNH, na América do Norte, a demanda por tratores de baixa potência da empresa aumentou 53% e subiu até 15% para tratores de média e alta potência. A demanda por colheitadeiras avançou 17% no continente norte-americano. Na Europa, a demanda por tratores e colheitadeiras aumentou 20% e 14%, respectivamente, conforme a empresa. Na América do Sul, a demanda por tratores cresceu 31% e por colheitadeiras, 28%.

Para o acumulado de 2021, a CNH informou que espera aumento de 14% a 18% nas vendas líquidas. Quanto ao fluxo de caixa livre, a projeção é de geração de caixa de US$ 600 milhões a US$ 1 bilhão no ano. “A empresa espera que a forte demanda continue em todas as regiões e segmentos”, disse em nota.