11/05/2021 - 9:36
BENGALURU (Reuters) – A crise de coronavírus da Índia mostrou poucos sinais de abrandamento nesta terça-feira, quando uma média de sete dias de casos novos atingiu uma nova alta e autoridades de saúde internacionais alertaram que a variante do país representa um perigo global.
O número diário de casos de coronavírus da Índia aumentou em 329.942, e as mortes da doença aumentaram em 3.876, de acordo com o Ministério da Saúde. O total de infecções de coronavírus do país está agora em 22,99 milhões, e o total de mortes subiu para 249.992.
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A Índia é a líder mundial no número diário médio de novas mortes relatadas, respondendo por um de cada três óbitos anunciados a cada dia no mundo, segundo uma contagem da Reuters.
A média de sete dias de casos novos atingiu uma alta recorde de 390.995.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a variante de coronavírus identificada primeiramente no país no ano passado está sendo classificada como uma variante digna de preocupação global, e estudos preliminares mostram que ela se dissemina mais facilmente.
“Nós a classificamos como uma variante preocupante em nível global”, disse Maria Van Kerkhove, autoridade técnica da OMS em Covid-19, em uma entrevista coletiva. “Existe alguma informação disponível que indica uma transmissibilidade acentuada.”
Nações de todo o globo enviam cilindros de oxigênio e outros equipamentos médicos para aliviar a crise indiana, mas muitos hospitais de toda a nação estão sofrendo com uma escassez de equipamentos que salvam vidas.
Onze pessoas morreram na noite de segunda-feira em um hospital governamental de Tirupati, uma cidade de Andhra Pradesh, um Estado do sul, devido a um atraso na chegada de um caminhão-tanque com oxigênio, disse uma autoridade de governo.
“Houve problemas com a pressão do oxigênio devido à baixa disponibilidade. Tudo aconteceu em um intervalo de cinco minutos”, disse M Harinarayan, principal autoridade do distrito, na noite de segunda-feira, acrescentando que agora o hospital SVR Ruia tem oxigênio suficiente.
Dezesseis membros de departamentos e vários professores e funcionários aposentados que estavam morando no campus da Universidade Muçulmana Aligarh, uma das mais prestigiosas da Índia, morreram de coronavírus, informou a escola.
Para piorar o fardo sobre as instalações médicas, o governo indiano orientou os médicos a procurarem sinais de mucormicose, ou “fungo negro”, em pacientes de Covid-19, já que hospitais relatam um aumento de casos da infecção rara, mas potencialmente fatal.
(Por Nivedita Bhattacharjee, Anuron Kumar Mitra, Kannaki Deka, Manas Mishra em Bengaluru e Sudarshan Varadhan em Chennai)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES