02/06/2021 - 23:38
Uma estudante brasileira de escola pública descobriu, em 9 de janeiro, um asteroide que ainda não havia sido identificado pela Nasa. Laura dos Santos Dias, de 17 anos, responsável pela descoberta, sonha desde a infância estudar as estrelas, isso a fez se aproximar de um dos professores de física que lhe apresentou ao projeto Projeto Caça Asteroides, grupo de iniciação científica ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru.
Foi neste grupo, formado por 5 estudantes, e coordenado pela graduanda em física Helena Ferreira Carrara, que Laura deu início às buscas por um asteroide. O grupo foi selecionado por um programa da Nasa que conta com a cooperação de várias nações do mundo para novas descobertas astronômicas.
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As imagens, que foram objeto de estudo da jovem, foram captadas pelo telescópio PS1 do projeto Pan-STARRS1, um equipamento com quase 2 metros de diâmetro, que está localizado no alto de um vulcão inativo no Havaí com cerca de 3 mil metros de altitude.
Após receber as imagens do telescópio, Laura revela o árduo trabalho analítico para identificar um corpo celeste, “eu já estava estudando bastante essa imagem, durante uns 3 dias seguidos, eu fiquei só nela, até eu mudar para outra e voltar para ela de novo, pra ver se poderia haver um [asteroide]” disse a estudante.
Este ponto circulado na imagem, quase imperceptível, é o asteroide descoberto por Laura, que foi, inicialmente, identificado como P11bNcu. Após alguns dias do envio dos dados à Nasa e ao IASC, a resposta de que a estudante havia descoberto um asteroide chegou por e-mail.
Agora, cabe à agência espacial estudar o corpo celeste, com o objetivo de obter mais características sobre ele. Após a conclusão e registro dos estudos feitos por astrônomos profissionais, que pode durar até 5 anos. Por ter sido a responsável pela descoberta, a pesquisadora terá o direito de dar nome aos seus “filhos”. “Quando você encontra um asteroide que ainda não foi catalogado, você pode colocar um nome nele”, explica.
Lorrane pretende batizar seus asteroides de Mariza (sua mãe), Euler (seu pai) e Guilherme Augusto, nome do namorado, que sempre a incentivou nesse caminho. “O quarto nome pode ser que eu escolha por meio de uma enquete popular”, anuncia.