08/06/2021 - 9:10
Fundada nos primórdios da web por dois ex-editores da Harvard Business Review, baseada na premissa de que uma “revolução estava mudando os negócios e os negócios mudando o mundo”, a publicação americana Fast Company lançou sua segunda lista 50 Queer – uma seleção anual com os 50 nomes mais relevantes de mulheres e pessoas não binárias do universo LGBTQ no mundo da inovação e da tecnologia. A brasileira Lara Mendonça (classe 1991), chefe de Design de Produto do aplicativo de relacionamentos Bumble, é uma das eleitas.
Lidera a lista do 50 Queer 2021 a ativista Alicia Garza, cofundadora do movimento Black Lives Matter e fundadora da empresa Black Futures Lab. No ano passado, ela foi a 32ª colocada no ranking. Sobre o boom de empresas atrás de consultores de diversidade, equidade e inclusão, ela deu a fórmula à Fast Company. “Montei uma equipe com pessoas que têm uma variedade de origens e experiências”, afirmou. “Então não há contradições entre o trabalho que fazemos para mudar o mundo e o trabalho que fazemos juntos (na empresa).”
Na lista deste ano – elaborada com a ONG Lesbians WhoTech –, o Brasil entra indiretamente com Lara Mendonça. Radicada em Londres, ela comanda a operação de design de produto da rede social Bumble. Criado em 2014, trata-se mais do que um app de namoro. Por ele é possível “buscar um relacionamento (Bumble Date), uma amizade (Bumble BFF) ou mesmo construir networking (Bumble Bizz)”, afirma Whitney Wolf Herd, fundadora e CEO da plataforma. Hoje são mais de 100 milhões de usuários em todos os continentes. A regra em comum no Bumble é que o primeiro passo de qualquer relacionamento obrigatoriamente será da mulher.
Lara, que cursou sem terminar a Universidade Federal Fluminense, fundamentou sua atuação como designer olhando sempre a experiência do usuário. Sua estratégia no Bumble foi apostar no perfil múltiplo da equipe. “Minha história como designer é fazer parte de grupos com pessoas diferentes”, afirmou Lara, que é bissexual. O sucesso na rede de relacionamentos a levou a uma proposta no Twitter, onde começará a atuar este mês.
No ano passado, na primeira seleção 50 Queer, Rose Marcario foi o nome que ocupou o topo da lista. A CEO da Patagonia, onde está desde 2008, jogou o posicionamento de marca em outra esfera. Ela simplesmente colocou o branding no centro de questionamentos políticos e causas sociais e ambientais.
Conheça os 50 nomes eleitos este ano.
- Megan Prichard, Ford
- Mo Matheson, Nike
- Lydia Polgreen, Gimlet Media/Spotify
- Vivian Chu, Diligent Robotics
- Christie Smith, Accenture
- Monique Woodard, Cake Ventures
- Karine Jean-Pierre, vice-secretária de imprensa de Joe Biden
- Raquel Willis, ativista e escritora
- Jacqui Guichelaar, Cisco
- CJ Giovingo, Nasa
- Caitlin Johnston, Peloton
- Maria Salamanca, Unshackled Ventures
- Robyn Exton Her
- Edith Perez, Bolt Biotherapeutics
- Erica Chidi, Loom
- Miriam Aguirre, Skillz
- Debbie Millman, Design Matters
- Park Cannon, deputada democrata na Geórgia
- Angelica Ross, ativista, atriz
- Debra Chrapaty, Amazon
- Harper Jean Tobin, advogada
- Liz Jenkins, Hello Sunshine
- Jerrica Kirkley, Plume
- Sharice Davids, deputada democrata do Kansas
- Glennon Doyle, escritora e podcaster
- Irma Olguin, Bitwise
- Shamina Singh, Mastercard
- Lorraine Bardeen, Microsoft
- Alex Hanna, Google
- Lara Mendonça, Bumble
- LaFawn Davis, Indeed
- Rachel Maddow, MSNBC
- Caitlin Kalinowski, Oculus-Facebbok
- Janelle Monáe, ativista, atriz, musicista
- Laela Sturdy, Capitalg
- Tara Bunch, Airbnb
- Mandy Norton, Wells Fargo
- Christina Hennington, Target
- Arlan Hamilton, Backstage Capital
- Deirdre O’Brien, Apple
- Lena Waithe, atriz, produtora
- Kara Swisher, jornalista e podcaster
- Jojo Siwa, atriz e cantora
- Beth Ford, Land O’Lakes
- Stephenie Landry, Amazon
- Layshia Clarendon, jogadora de basquete
- Jen Wong, Reddit
- Amy Errett, Madison Reed
- Sally Susman, Pfizer
- Alicia Garz, Black Futures Lab