09/06/2021 - 3:26
A pesquisa, feita em vários países, foi publicada na revista cientíifica BMJ Nutrition Prevention & Health, sugere que a dieta pode desempenhar um papel na severidade dos sintomas e na duração da doença, mas os especialistas salientam que se tratou de um estudo observacional, pelo que nenhuma causa pode ser estabelecida, apenas uma correlação.
Os pesquisadores basearam a sua análise nas respostas a um questionário feito a mais de 2 mil médicos e enfermeiros com uma ampla exposição ao novo coronavírus em França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
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Os entrevistados que responderam que consumiam dietas à base de plantas ou de peixe apresentavam, respetivamente, 73% e 59% menor probabilidade de infeção moderada a grave por covid-19, em comparação com os que não tinham estes padrões alimentares.
Aqueles que disseram fazer uma dieta pobre em hidratos de carbono e com alto teor de proteínas tinham quase quatro vezes maior probabilidade de contrair uma infeção moderada a grave provocada pelo novo coronavírus, segundo o mesmo estudo.
As dietas à base de plantas são ricas em nutrientes, vitaminas e minerais, todos importantes para um sistema imunitário saudável, enquanto o peixe é uma relevante fonte de vitamina D e ácidos gordos ómega-3, com propriedades anti-inflamatórias, enfatizam os investigadores.
Os participantes faziam parte de uma rede global de profissionais de saúde registados na plataforma Survey Healthcare Globus, dedicada à pesquisa de mercado na área da saúde. As pesquisas utilizaram esta rede para identificar os médicos com elevado risco de infeção devido ao seu trabalho.
A entrevista ‘online’, que decorreu de julho a setembro de 2020, foi feito para obter informações detalhadas sobre os padrões alimentares dos entrevistados, com base num questionário de frequência de vários alimentos ingeridos durante o ano anterior e na gravidade da infeção por covid-19 que estes tivessem tido.
O questionário também recolheu informação sobre a história pessoal, histórico médico, uso de medicamentos e estilo de vida dos participantes. As várias dietas foram combinadas em dietas vegetais, de peixe e dietas de baixo teor de hidratos de carbono e alto teor de proteínas.
Variáveis potencialmente influentes, como a idade, a etnia, a especialidade médica e o estilo de vida, como fumar ou fazer exercício, foram tidas em conta na pesquisa.