17/12/2002 - 8:00
Negócios e esporte caminham invariavelmente juntos pelos verdejantes gramados do golfe. Não por acaso, o esporte é o que mais atrai empresários e executivos de primeiro escalão mundo afora. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma pesquisa realizada entre os presidentes das 300 maiores empresas do país constatou que 110 presidentes dessas companhias tinham handicaps (aproveitamento de tacadas por buraco) aprovados pela associação nacional de golfe. ?Lá, inaugura-se um campo de golfe por dia, há 35 milhões de adeptos e os negócios em torno do esporte movimentaram US$ 62 bilhões em 2000?, diz Ricardo Fonseca, especialista no assunto. Números estrondosos
ainda não fazem parte da realidade do golfe no Brasil, onde há cerca de 15 mil jogadores e 100 campos para as suas tacadas. Iniciativas para difundi-lo, entretanto, têm se tornado cada vez mais freqüentes. Uma delas agitará o calendário esportivo em 2003: será realizado pela primeira vez no Brasil um campeonato totalmente voltado para o mundo corporativo, o Circuito Empresarial de Golfe. ?Até agora só existiam eventos de fim de semana organizados por empresas. Esse será um campeonato que vai durar nove meses?, diz Paulo Pimentel, diretor da Golfe e Companhia, empresa que está organizando o circuito.
A tacada inicial será dada em março e o grand finale acontece em novembro. Os greens, todos em São Paulo, também já foram definidos e estão entre os melhores do País: o Paradise Resort Golf Village, em Mogi das Cruzes, o Guarapiranga Golfe & Country Clube, próximo à represa de Guarapiranga, São Fernando Golfe Club, na Granja Viana, e o Arujá Golf Club, em Arujá. A competição reunirá 90 jogadores convidados pelas empresas patrocinadoras ? a revista DINHEIRO, o laboratório Pfizer, o instituto de pesquisa IDC e a empresa de blindagem Defense ? e pelos clubes que sediarão o circuito. O principal objetivo é estreitar o relacionamento entre executivos de vários setores. ?Em uma partida você conversa durante cinco horas e acaba criando um laço com o parceiro de jogo?, diz Luiz Arthur Caselli Guimarães Filho, presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). ?O golfe acaba facilitando futuros negócios.? No Brasil, o golfe cresce a passos largos. Basta dizer que no início da década de 90, existiam apenas 7,5 mil adeptos e 62 campos de golfe. Hoje, esse número dobrou. E com iniciativas e torneios como o Circuito Empresarial de Golfe a tendência é que esse número salte ainda mais. ?Com isso conquistamos novos adeptos?, diz Luiz Arthur, da CBG.