17/06/2021 - 22:24
O epidemiologista responsável pelo Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, Zeng Guang, disse que os Estados Unidos deviam ser a prioridade na próxima fase das investigações sobre a origem do Covid-19, depois de um estudo ter demonstrado que o vírus poderia estar circulando no país em dezembro de 2019.
A declarações de Zeng Guang surgiram depois de ter sido publicado um estudo esta semana pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA, que demostrou que pelo menos sete pessoas em cinco estados dos EUA estavam infetadas com SARS-CoV-2, o vírus que causa o coronavírus, semanas antes da divulgação do relatório dos Estados Unidos sobre os seus primeiros casos oficiais.
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Um contraste com um estudo conjunto da China com a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado, em março, que indicava que a Covid-19 provavelmente teve origem no comércio de animais selvagens do país, com o vírus passando para os humanos, mas com origem em morcegos. No entanto, Pequim tem promovido a teoria de que a Covid-19 entrou na China através de alimentos congelados contaminados.
Sobre as conclusões do estudo dos EUA, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian, defendeu que agora era “óbvio” que o surto de COVID-19 tinha “origens múltiplas” e que outros países deveriam cooperar com a OMS.
A origem da pandemia tornou-se uma fonte de tensão política entre a China e os Estados Unidos. Vale lembrar que quando Donald Trump era presidente dos EUA referiu-se à Covid-19 como “vírus da China”.
Um estudo levantou a possibilidade de que o SARS-CoV-2 tivesse circulado na Europa já em setembro, mas os especialistas referiram que isso não significava necessariamente que o vírus não teve origem na China.