São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia e uma das sedes da Eurocopa, registrou neste sábado o maior balanço diário de mortes por coronavírus desde o início da pandemia há mais de um ano.

De acordo com os dados oficiais, a ex-cidade imperial contabilizou 107 óbitos nas últimas 24 horas, um número que, segundo a imprensa russa, não havia sido registrado em nenhuma outra localidade desde o primeiro caso de covid-19 no país.

A nível nacional, a Rússia registrou neste sábado um aumento recorde de infecções desde o início do ano, com 21.665 novos casos nas últimas 24 horas, e o maior número de mortes desde dezembro (619).

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O país, atualmente impactado pela propagação da contagiosa variante Delta, tem um balanço oficial de 132.683 mortes desde o início da pandemia, o mais grave na Europa e o sexto pior do mundo.

São Petersburgo recebeu seis partidas da fase de grupos da Eurocopa de futebol e na próxima sexta-feira receberá um confronto das quartas de final do torneio.

Dezenas de torcedores finlandeses contraíram o vírus depois que viajaram à cidade para assistir o jogo entre a seleção de seu país e a Bélgica no início da semana.

O aumento das infecções e mortes acontece no momento em que as autoridades tentam convencer os céticos a aceitar a vacina.

“Para frear a pandemia, precisamos de uma coisa: vacinação rápida e em larga escala. Ninguém inventou outra solução”, declarou o prefeito de Moscou, Serguei Sobianin.

“Para solucionar este problema, você precisa ser vacinado ou permanecer confinado”, completou.

Apenas 21,2 milhões dos 146 milhões cidadãos russos receberam pelo menos uma dose da vacina, segundo o balanço do site Gogov que, na ausência de uma estatística oficial a nível nacional, compila os dados divulgados por regiões e pela imprensa.