29/06/2021 - 15:55
MATERA, Itália (Reuters) – Os chanceleres do G20 pediram nesta terça-feira por soluções multilaterais para crises mundiais como a pandemia de Covid-19 e a emergência climática em sua primeira reunião presencial em dois anos.
O encontro de um dia na cidade de Matera, ao sul da Itália, focou como melhorar a cooperação e reestabelecer a economia mundial após a pandemia e como impulsionar o desenvolvimento sustentável na África.
“A pandemia destacou a necessidade de uma resposta internacional às emergências que transcendem as fronteiras nacionais”, disse o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, a seus colegas do G20.
+ Chanceleres do G20 querem reforçar multilateralismo no pós-pandemia
Os países membros do G20 representam mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 75% do comércio global e 60% da população do planeta. Os representantes em Matera incluíam os principais diplomatas dos Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França, Alemanha e Índia.
No entanto, os chanceleres da China, Brasil e Austrália optaram por acompanhar as discussões por meio de uma transmissão em vídeo, enquanto Rússia e Coreia do Sul enviaram seus vice-ministros.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, lamentou a ausência dos ministros de Pequim e Moscou. “Quando vocês se reúnem, também precisam conversar uns com os outros. Precisamos de diálogo com Rússia e China”, disse durante um intervalo.
Antes da reunião, Maas disse que expressaria sua insatisfação com a forma como achava que a China e a Rússia tinham oferecido as vacinas contra a Covid-19 para impulsionar sua posição diante de certos países.
“Não se trata de obter vantagens geoestratégicas de curto prazo”, disse ele.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reiterou a necessidade de entregar muito mais vacinas aos países mais pobres, que até agora receberam bem menos doses do que as nações mais ricas.
“Para acabar com a pandemia, precisamos levar mais vacinas a mais lugares”, disse, acrescentando que o G20 ajudará os países de baixa renda a lidar com “vulnerabilidades de dívida significativas” que foram agravadas em razão do coronavírus.