Por Norihiko Shirouzu

XANGAI (Reuters) – A General Motors disse nesta segunda-feira que expandiu seu estúdio de design na China, que foca apenas no desenvolvimento de carros elétricos (EV) e conectados e não desenha mais veículos alimentados por petróleo.

Com novas instalações e uma equipe cada vez maior de funcionários, “temos as organizações e as pessoas certas para levar os produtos mais desejáveis aos consumidores da China”, disse Julian Blissett, vice-presidente executivo e presidente da GM China em comunicado.

O novo estúdio de design avançado – um dos três ao redor do mundo que projetam a geração futura de veículos da GM – foi construído redesenhando o estúdio que existia no mesmo campus do centro de tecnologia em Xangai.

A GM afirmou que quase dobrou o tamanho do estúdio, para 5.000 metros quadrados, e está contratando para expandir a equipe de design. A empresa não disse quantos funcionários serão acrescentados.

Uma pessoa próxima à fabricante disse que a equipe atualmente tem menos de 40 designers, modeladores digitais e físicos, especialistas de realidade virtual e funcionários de apoio.

A GM, que vende carros na China por meio de duas joint ventures com a empresa pública SAIC Motor, vendeu 170.000 veículos elétricos na China ano passado, de 50.000 em 2019.

A medida chega no momento em que as maiores montadoras dos EUA se preparam para cortar veículos a gasolina e diesel de suas frotas até 2035 e destaca suas tentativas de ganhar uma posição mais firme na China, o maior mercado de EVs do mundo.

Também atende às ambições da GM de acrescentar um fluxo de receita recorrente de serviços e software mesmo depois de o produto inicial ser vendido, com a comercialização de carregadores de baterias de carros elétricos e serviços de troca, por exemplo.

A GM afirmou que quer passar de 1 milhão de veículos elétricos vendidos por ano nos Estados Unidos e na China até 2025. Mês passado, a empresa disse que aumentaria seus gastos com veículos elétricos e autônomos, desembolsando 35 bilhões de dólares até 2025, crescimento de 75% em relação a março de 2020, antes de a pandemia de Covid-19 sufocar a indústria.

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