29/08/2021 - 21:58
Você gosta de beber café? Segundo estudo divulgado na conferência da Sociedade Europeia de Cardiologia (está sendo realizada de 27 a 30 de agosto), a ingestão de até três xícaras de café por dia pode ajudar a reduzir em 21% o risco de derrame.
A pesquisa foi realizada pela Universidade Semmelweis, em Budapeste, na Hungria, e avaliou quase 500.000 voluntários que participam do banco de dados Biobank, do Reino Unido.
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Segundo o jornal britânico The Telegraph, o estudo descobriu que as pessoas que bebiam uma quantidade moderada de café – definida como de meia xícara a três xícaras por dia – tinham 21% menos probabilidade de sofrer um derrame do que os voluntários que não ingeriam a bebida.
Pessoas que bebiam apenas uma xícara diariamente conseguiram reduzir em 12% a chance de morrer por qualquer causa e tiveram 17% menos probabilidade de padecer devido a doenças cardiovasculares, revela o jornal.
Os cientistas levaram em conta variáveis como idade, sexo, condições de saúde preexistentes, peso e dieta para garantir que o consumo de café fosse o único fator medido.
“Nossos resultados sugerem que o consumo regular de café é seguro, pois mesmo a ingestão diária elevada não foi associada a resultados cardiovasculares adversos e mortalidade por todas as causas após um acompanhamento de 10 a 15 anos”, afirma a pesquisadora Judit Simon, uma das autoras do estudo, citada pelo The Guardian.
Ainda conforme a cientista, de 0,5 a três xícaras de café por dia ajudam a evitar acidente vascular cerebral (AVC), morte por doença cardiovascular e morte por qualquer causa.
Como mostra o jornal britânico, a pesquisa analisou exames de ressonância magnética para ver o se havia alguma ligação entre o café e a melhora da saúde a longo prazo.
“A análise de imagem indicou que, em comparação com participantes que não bebiam café regularmente, os consumidores diários tinham corações de tamanho mais saudável e com melhor funcionamento”, comenta Judit Simon, citada pelo The Guardian.
A cientista lembra que mais estudos são necessários para explicar os mecanismos subjacentes, apesar de os benefícios observados na pesquisa atual serem parcialmente explicados por alterações na estrutura e função do coração.