27/09/2021 - 8:00
Inspirado no Índice Big Mac, criado pela revista The Economist e pelo qual é possível avaliar se uma moeda está valorizada ou desvalorizada em relação ao dólar pelo preço cobrado por um sanduíche no mundo inteiro, a equipe de estatística da plataforma global de descontos Picodi criou um ranking semelhante: o Index iPhone. Mas em vez de moeda, ele mede poder de compra por dia trabalhado. Nele, são compilados dados de renda média dos trabalhadores de cada país mais o preço do iPhone 13 Pro (128 GB) em cada mercado. Com isso dá para concluir quantos dias úteis é preciso trabalhar para pagar pelo celular da Apple.
Claro que o Brasil está na parte de cima da tabela. O que é má noticia. Com o segundo preço em dólar mais alto do mundo do modelo iPhone 13 Pro 128 GB (US$ 1.808, atrás apenas da Turquia, US$ 1.893 https://www.istoedinheiro.com.br/brasil-tem-o-iphone-mais-caro-do-mundo-compare-com-outros-paises/), o brasileiro médio precisa gastar quase quatro meses corridos ralando para comprar o aparelho. No lado oposto está a Suíça. O trabalhador médio local pode comprar um novo iPhone com o suor de uma segunda-feira de manhã até a sexta-feira ao meio dia. Abaixo, o ranking da Picodi (https://www.picodi.com/my/bargain-hunting/iphone-index-2021) em dias úteis de trabalho necessários em 47 países.
Turquia 92,5
Filipinas 90,2
Brasil 79,2
Índia 75,7
México 49,3
Montenegro 46,7
Tailândia 43,0
Rússia 42,1
Hungria 31,3
Malásia 30,3
Eslováquia 28,0
Letônia 27,1
Polônia 25,9
Grécia 25,1
Lituânia 24,9
Portugal 24,5
China 24,4
Rep Tcheca 21,4
Estônia 19,8
Eslovênia 19,7
Malta 19,6
Itália 18,8
Espanha 16,2
Taiwan 16,1
Chipre 14,9
Hong Kong 11,3
Suécia 11,2
Bélgica 10,9
Reino Unido 10,8
Coreia do Sul 10,6
Áustria 10,5
França 10,3
Holanda 10,3
Japão 10,2
Finlândia 9,8
Alemanha 9,5
Irlanda 8,9
Emirados Árabes 8,8
Nova Zelândia 8,4
Canadá 8,0
Singapura 7,6
Noruega 7,2
Dinamarca 6,9
Luxemburgo 6,4
Austrália 6,4
Estados Unidos 5,9
Suíça 4,4
E já que estamos mal no Index iPhone, vale dar uma checada na sua fonte de inspiração, o Big Mac Index, criado há 35 anos pela revista The Economist. Ele nasceu de uma sacada genial: explicar o conceito de Paridade de Poder de Compra – no longo prazo, o valor de US$ 1 seria igual em qualquer país. Assim, se houvesse paridade, o preço de um produto vendido globalmente com os mesmos insumos e da mesma maneira deveria ter um só preço no planeta inteiro. Ou seja: se um Big Mac em determinado lugar for mais barato do que nos Estados Unidos, aquela moeda está desvalorizada em relação ao dólar. Caso contrário, se o preço for maior que no mercado americano, a moeda local estaria valorizada. Apenas quatro moedas estão acima do dólar. A seguir, o ranking (junho de 2021).
Moedas valorizadas em relação ao US$ (em %) pelo Big Mac Index
Venezuela (bolivar) 44,7
Suíça (franco) 24,7
Noruega (coroa) 11,5
Suécia (coroa) 9,6
As dez moedas menos desvalorizadas em relação ao US$ (em %) pelo Big Mac Index
Canadá (dólar) -6,0
Israel (shekel) -8,6
Uruguai (peso) -9,5
Zona Euro (euro) -11,1
Austrália (dólar) -15,2
Nova Zelândia (dólar) -15,7
Reino Unido (libra) -15,9
Dinamarca (coroa) -16,0
Brasil (real) -22,8
Singapura (dólar) -23,7
As dez moedas mais desvalorizadas em relação ao US$ (em %) pelo Big Mac Index
Líbano (libra) -70,2
Rússia (rublo) -59,9
África do Sul (rand) -59,6
Azerbaijão (manate) -58,9
Turquia (lira) -58,7
Indonésia (rúpia) -58,5
Malásia (ringgit) -58,1
Ucrânia (grívnia) -57,7
Romênia (leu) -55,2
Índia (rúpia) -54,9