28/09/2021 - 6:03
Em um momento de crescente corrida armamentista na região da Ásia Pacífico, a China fez nesta terça-feira (28) uma demonstração de seu poderio aéreo, com sofisticados drones de vigilância e aviões capazes de interferir nos sistemas eletrônicos hostis.
Na principal feira de equipamento aéreo do país, na cidade costeira de Zhuhai (sul), o país apresentou o protótipo de seu novo drone de vigilância CH-6, capaz de transportar mísseis e executar ataques aéreos, segundo a agência de inteligência Janes.
Também exibiu o drone de grande altitude WZ-7, concebido para o reconhecimento de fronteira e patrulha marítima, assim como o avião J-16D, que pode bloquear equipamento eletrônico.
De acordo com a imprensa estatal, os dois aparelhos já são utilizados pelas Forças Armadas da China.
A demonstração acontece em um momento de disputas territoriais do gigante asiático, de Taiwan ao Mar da China Meridional, passando pela fronteira com a Índia no Himalaia, e de uma crescente rivalidade com os Estados Unidos.
As inovações “terão um papel importante no Estreito de Taiwan e no Mar da China Meridional”, afirmou o analista militar Song Zhongping à AFP.
O governo chinês adotou como prazo limite o ano de 2035 para concluir a modernização de seu exército, ainda atrasado em comparação com os Estados Unidos em termos de tecnologia e investimento.
Mas os analistas advertem que o país asiático está reduzindo rapidamente a diferença.
Além disso, destaca o analista Kelvin Wong, da agência Janes, a China “está se posicionado claramente para ser um fornecedor alternativo” de drones avançados a preços relativamente acessíveis.
Estados Unidos e os países europeus hesitam no momento de vender este tipo de tecnologia para além de um grupo seleto de aliados, afirma.