Nesta quinta-feira (30), o Banco Central admitiu, em relatório trimestral, que há quase 100% de probabilidade de a inflação superar o teto da meta em 2021. No relatório anterior, essa probabilidade estava em 74%. A inflação acumulada no ano até agosto é de 5,67%

Para este ano, a meta central para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 3,75%, com tolerância de até 5,25%. No entanto, agora, a estimativa do BC é de que a inflação oficial termine o ano em 8,5%. O número é 3,25% acima do limite. 

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No relatório, o banco destacou a elevação dos preços das commodities e a depreciação do real frente a outras moedas como motivos para a alta. Para 2022, o mercado prevê alta de 4,12% na inflação, conforme boletim Focus, ao passo que o BC vê o número em 3,7% em seu cenário básico. A meta central para o próximo ano é de IPCA em 3,5%.

O BC revelou ainda que ponderou subir a taxa básica de juros para além do ajuste de 1 ponto que acabou adotando na semana passada, mas chegou à conclusão que, considerando o cenário de incertezas sobre os choques na inflação, era melhor aumentar o ciclo de aperto na Selic para patamar “significativamente contracionista”.