Por Elaine Lies

TÓQUIO (Reuters) – A princesa japonesa Mako se casará com um plebeu em um ritual discreto na terça-feira, depois de um noivado de três anos assombrado por um escândalo e por especulações da mídia que causaram um transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) na sobrinha de 29 anos do imperador.

Ela se tornará uma cidadã comum ao se casar com Kei Komuro, estudante japonês de Direito de 30 anos que mora em Nova York, conforme as leis que exigem que as mulheres da família imperial abdiquem da realeza.

Seu casamento consistirá essencialmente na assinatura de documentos seguida por uma coletiva de imprensa. Embora se casar fora da realeza não seja incomum no Japão, a falta de pompa de um casamento real é. Mako recusou até mesmo o costumeiro pagamento de 1,3 milhão de dólares oferecido às mulheres que deixam a família.

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O noivado inicialmente saudado pelo povo japonês logo se tornou conturbado quando tabloides noticiaram um escândalo financeiro envolvendo a mãe de Komuro, o que rapidamente virou a imprensa contra o noivo.

Sem explicações claras da Agência da Casa Imperial (IHA), a cargo do cotidiano da família, a história chegou à grande imprensa, geralmente escrupulosa no noticiário sobre a realeza.

Em fevereiro de 2018, o enlace foi adiado até 2020, ostensivamente para haver mais tempo de “preparação”. Seis meses depois, Komuro se matriculou na escola de Direito da Universidade Fordham para só voltar três anos mais tarde.

(Reportagem adicional de Irene Wang)

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