O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, criticou nesta sexta-feira (14) o primeiro-ministro da Austrália, afirmando que as autoridades do país oceânico “estão maltratando” o astro do tênis Novak Djokovic, que teve o seu visto cancelado pela segunda vez e pode ser deportado.

“Por que o estão maltratando, por que o atacam, não só a ele, mas também a sua família e a toda a nação?”, escreveu Vucic nas redes sociais.

A mensagem do presidente sérvio chega horas depois que a Austrália cancelou outra vez o visto do número um do tênis mundial, o que o coloca em risco de retornar no sábado para um centro de retenção, o mesmo em que passou vários dias após aterrissar no aeroporto de Melbourne sem estar vacinado contra a covid-19.

Djokovic quer defender seu título no Aberto da Austrália, o primeiro torneio de Grand Slam da temporada, que começa na segunda-feira.

“Se vocês querem proibir Novak Djokovic de ganhar o décimo troféu em Melbourne, por que não o expulsam imediatamente? Por que não lhe disseram que era impossível conseguir um visto para o seu país?”, questionou Vucic. “Novak, estamos com você!”, concluiu o presidente sérvio.

Vucic já havia mostrado apoio ao tenista no início do caso, classificando a retenção anterior de Djokovic como “caça às bruxas política”.

O tenista teve seu visto de entrada na Austrália cancelado pela primeira vez em 5 de janeiro. Depois disso, ele foi obrigado a permanecer no centro de retenção.

Seus advogados recorreram e conseguiram que um juiz ordenasse a sua liberação em 10 de janeiro. Contudo, o ministro de Imigração da Austrália decidiu cancelar novamente a permissão por motivos “sanitários e de ordem pública”.

Djokovic admitiu que preencheu incorretamente a declaração de entrada na Austrália e não respeitou as regras de isolamento na Sérvia após ter testado positivo para a covid em dezembro. O tenista esperava que essa infecção lhe permitisse obter uma isenção de vacinação para disputar o Aberto da Austrália.