15/02/2022 - 13:10
LONDRES (Reuters) – A Covid longa tem menos probabilidade de afetar pessoas vacinadas do que pessoas não vacinadas, concluiu uma nova revisão de 15 estudos da Agência de Segurança de Saúde britânica (UKHSA) divulgada nesta terça-feira.
A agência disse que as pessoas que receberam duas doses da vacina da Pfizer-BioNTech, AstraZeneca ou Moderna, ou o imunizante de dose única da J&J, tinham cerca de metade da probabilidade de desenvolver sintomas duradouros de Covid-19 em comparação com os não vacinados.
“Esses estudos aumentam os potenciais benefícios de receber um esquema completo de vacinação contra Covid-19”, disse Mary Ramsay, chefe de imunização da UKHSA.
“A vacinação é a melhor maneira de se proteger de sintomas graves quando você é infectado e também pode ajudar a reduzir o impacto a longo prazo.”
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, suspendeu as restrições para conter a Covid-19 na Inglaterra, com as doses de reforço e a menor gravidade da variante Ômicron enfraquecendo a relação entre casos e mortes pelo vírus.
No entanto, o Reino Unido ainda tem uma média de cerca de 50 mil casos por dia, e casos leves de Covid-19 ainda podem levar à debilitante Covid longa e sintomas associados a fadiga, problemas de memória e confusão mental.
A agência de saúde disse que cerca de 2% da população britânica reportou sintomas de Covid longa, com os mais comuns sendo fadiga, falta de ar e dores musculares ou nas articulações.
Dos quatro estudos que compararam sintomas de Covid longa antes e depois da vacinação, três sugerem que mais pessoas relataram uma melhora nos sintomas duradouros de coronavírus em vez de piora após a vacinação.
Mais três estudos concluíram que os sintomas prolongados da doença melhoraram naqueles que foram vacinados, em comparação com aqueles que permaneceram sem se vacinar.
(Reportagem de Alistair Smout)