As redes sociais começaram uma campanha na última segunda-feira (28) com a #DesmonetizaGabrielMonteiro. O influenciador foi alvo de uma matéria do Fantástico do último domingo onde era mostrado como ele manipulou uma criança para fazer um vídeo para o seu canal, além de ser acusado de assédio sexual, moral e estupro por ex-funcionários.

Nas redes sociais o pedido é que as empresas ligadas de alguma forma ao conteúdo de Monteiro peçam para o Youtube retirar seus nomes dos vídeos do influenciador para, assim, ele ficar sem financiadores. Mas como funciona essa campanha? 

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Não é porque a marca está aparecendo em um vídeo que elas têm um contrato direto com os canais. O que acontece é que as empresas que querem anunciar no Youtube podem fazer um contrato com a plataforma e ela é quem vai distribuir as peças de propaganda para os influenciadores segundo o público estabelecido, pagando os canais conforme as propagandas são vistas.  

Muitos canais e sites que propagam conteúdo falso, de ódio ou conspiratórios são alvos desse tipo de campanha. A principal conta no Twitter que lidera essas campanhas é o Sleeping Giants. A organização não-governamental nasceu em 2016, logo após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial norte-americana, para cobrar que empresas deixassem de anunciar no site de extrema-direita Breitbart News por conta da desinformação, do discurso de ódio e teorias conspiratórias. 

A conta do Sleeping Giants no Brasil surgiu depois da vitória de Jair Bolsonaro e já foi responsável por tirar o financiamento de diversos canais como o do astrólogo Olavo de Carvalho e do jornalista Allan dos Santos, do canal Terça Livre. O site, inclusive, tem uma área que se chama “desmonetizômetro” e aponta o quanto de dinheiro já deixou de financiar esses meios de comunicação. ​​