14/04/2022 - 8:48
Extremistas de direita e negacionistas da pandemia planejavam raptos e ataques terroristas a estruturas de energia, dizem investigadores. Objetivo final do grupo seria a derrubada do sistema democrático. Investigadores do estado da Renânia-Palatinado, no oeste da Alemanha, disseram nesta quinta-feira (14/04) ter prendido quatro membros de um grupo de aplicativo de mensagens de extrema direita que visava sequestrar o ministro alemão da Saúde, Karl Lauterbach, além de outras figuras públicas, e promover atentados terroristas no país.
Segundo os investigadores, entre os presos estão cidadãos alemães ligados a grupos negacionistas da pandemia e ao movimento extremista de direita Reichsbürger (cidadãos do Reich), grupo que não reconhece as fronteiras nem as autoridades da Alemanha atual.
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Membros do Ministério Público em Koblenz e da polícia em Mainz disseram que um grupo que se autodenomina “Vereinte Patrioten” (Patriotas Unidos) planejava ataques a bomba contra a infraestrutura alemã de energia.
De acordo com o jornal Bild, 12 pessoas em diversos estados alemães estão sendo investigadas em relação com o caso.
Grande blecaute
Os investigadores disseram que o grupo planejava causar um grande blecaute através do ataque a estruturas de fornecimento de energia e imaginava que tais ações permitiriam a derrubada do governo eleito da Alemanha e, em última análise, do sistema democrático.
Foram encontradas diversas armas com os suspeitos, incluindo um fuzil Kalashnikov e munição. Também foram confiscados durante batidas policiais em diversas cidades nesta quarta-feira dinheiro, lingotes de ouro e prata.
A polícia e os promotores também coletaram telefones celulares, sistemas de armazenamento de dados, computadores, documentos pertencentes aos planos do grupo e falsificações de certificados de vacinação e de testes de coronavírus.
As prisões de quarta-feira ocorrem apenas uma semana depois que uma grande operação policial em todo o país levou à prisão de quatro indivíduos importantes. Cerca de 800 policiais invadiram 60 locais ligados aos grupos neonazistas “Atomwaffe Division” (AWD), “Combat 18” (C18) e “Knockout 51” (K51).
md/ek (AFP, DPA, ots)