08/06/2022 - 17:01
O metaverso, mundo virtual onde se pode levar uma vida paralela, é criação de Mark Zuckerberg e “é lógico” que ele seguirá com o projeto, disse o presidente de Assuntos Globais da Meta, Nick Clegg.
Em um momento em que grandes corporações costumam ter uma rotatividade em suas lideranças, Clegg defendeu a permanência de Zuckerberg, que tem 38 anos e “muita energia”, na empresa-mãe do Facebook.
“Esse é um projeto de muitos anos. Para mim, seria lógico que Mark Zuckerberg queira continuar, construir esse novo capítulo dessa empresa, e isso vai durar muitos, muitos anos”, afirmou Clegg à AFP.
“É o fundador da empresa, a Meta, mas também o arquiteto do novo capítulo, dessa construção, dessas tecnologias de realidade aumentada e realidade virtual”, acrescentou o executivo, que participa da Cúpula das Américas em Los Angeles.
Clegg destacou as amplas oportunidades para a América Latina com o metaverso, como o fato de que, por meio de sofisticados dispositivos, uma professora poderá levar seus alunos à Grécia Antiga ou um estudante de medicina poderá praticar uma cirurgia.
Ele explicou que, no futuro, o acesso ao metaverso não ocorrerá apenas por óculos. “Nos próximos anos, as pessoas também poderão ter acesso a essas tecnologias novas por seus celulares”, disse.
“Trabalhamos para explorar como podemos ampliar e levar esse acesso a todos, não apenas a quem pode pagar pelos novos e últimos hardwares”, observou.
“A tecnologia em si não pode resolver a desigualdade que existe na sociedade. Mas proporciona oportunidades que não existiam antes. Na pandemia, a tecnologia permitiu que as pessoas trabalhassem de casa, o que não era possível antes”, acrescentou Clegg.