14/07/2022 - 13:16
Por Julie Zhu e Kane Wu
HONG KONG (Reuters) – O Alibaba Group está cortando mais de um terço da equipe de sua equipe interna de negócios, disseram quatro pessoas com conhecimento do assunto, depois que a ampla campanha de fiscalização promovida pelo governo chinês diminuiu drasticamente o ritmo de negócios do gigante do comércio eletrônico.
A empresa planeja reduzir sua equipe de investimento estratégico de mais de 110 pessoas, principalmente sediadas na China continental, para cerca de 70, disseram duas das fontes, acrescentando que a empresa já informou uma grande parte dos funcionários sobre o excesso de pessoal.
Os cortes de empregos envolvem principalmente pessoas de nível médio e sênior na China Continental, disseram as fontes. A equipe de negócios da empresa também tem funcionários em Hong Kong, acrescentaram.
Representantes do Alibaba não comentaram o assunto de imediato.
No domingo, o regulador de mercado da China impôs as últimas multas ao Alibaba e à Tencent, bem como a uma série de outras empresas por não cumprirem regras antimonopólio sobre a divulgação de transações.
A campanha regulatória de Pequim desacelerou acentuadamente o crescimento das vendas da maioria das empresas de internet na China, esmagou os preços de suas ações e tornou muito mais difícil a promoção de operações de aumento de capital e expansão dos negócios, forçando empresas como Alibaba e Tencent a buscarem maneiras de cortarem custos.
De 2015 a 2021, o Alibaba fez, em média, cerca de 44 investimentos por ano, atingindo o pico em 2018 com 70 negócios totalizando 54 bilhões de dólares, segundo a Dealogic. Mesmo durante a campanha de fiscalização de 2021, a empresa cortou 38 negócios, totalizando 6,2 bilhões de dólares. Este ano, no entanto, o Alibaba fez apenas nove investimentos no valor de 5,2 bilhões de dólares.
A empresa começou a demitir funcionários de suas outras unidades de negócios em fevereiro e pode acabar demitindo mais de 15% de sua força de trabalho total, ou cerca de 39 mil funcionários, informou a Reuters em março.
(Por Julie Zhu e Kane Wu)