A Federação Brasileira de Naturismo (FBRN) chamou de retrocesso o projeto de lei protocolado em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, que vai discutir a proibição do nudismo na Praia do Pinho.    

A presidente da entidade, Paula Silveira, criticou a mudança e disse que ela demonstra “preconceito com os naturistas”, disse ao G1.    

+Câncer de cabeça e pescoço: prevenção e diagnóstico são fundamentais

O projeto do vereador Anderson dos Santos (Podemos) apontou que o local não estava cumprindo as normas necessárias para se adequar como uma praia de nudismo. 

“Notícias de orgias, pequenos roubos e furtos e muitos danos ao meio ambiente com poluição de resíduos e impactos negativos na vegetação natural. Então, passamos quase um ano colhendo estas notícias, conversando com a comunidade e chegamos a conclusão que a vontade da maioria era terminar com o naturismo e, assim, torná-la de amplo e franco acesso e permanência”, defendeu Santos ao G1. 

Silveira também criticou esse argumento, apontando que a prática de naturismo não é o causador dos transtornos ocorridos na praia, mas, sim, “a falta de segurança e ação dos órgãos públicos”.  

O local é conhecido como a primeira praia de nudismo brasileira, e a atividade é praticada no local desde a década de 1980. 

O site também procurou a Polícia Militar, que afirmou que não houve nenhum registro de crime sexual no local nos últimos 12 meses. Seis ocorrências foram atendidas no local e todas ela por posse de droga, furto, dano e injúria.