07/08/2022 - 14:01
PARIS (Reuters) – A França se preparou neste domingo para uma quarta onda de calor neste verão, enquanto a pior seca da qual tem registro deixou vilarejos sem água potável segura e agricultores alertando para uma iminente escassez de leite no inverno.
O gabinete da primeira-ministra Elisabeth Borne organizou uma equipe de crise para lidar com a seca que forçou vilarejos a dependerem de entregas de água por caminhões, levou a companhia estatal EDF a cortar a produção de energia nuclear e pressionou as colheitas.
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As temperaturas devem chegar a 37 graus Celsius no sudoeste neste domingo, antes do ar quente se espalhar pelo norte no começo da semana.
A agência meteorológica nacional, Meteo France, disse que é a pior seca desde que começou seus registros em 1958 e que ela deve piorar pelo menos até o meio deste mês. Na média, menos de 1 cm de chuva caiu na França em julho.
A colheita de milho deve ser 18,5% menor este ano, em comparação com 2021, afirmou o ministério da Agricultura, justamente no momento em que europeus lidam com preços maiores de alimentos por causa de exportações de grãos abaixo do normal da Rússia e da Ucrânia.
Enquanto isso, a escassez de pasto por causa da seca significa que pode haver falta de leite nos próximos meses, disse a Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores.
(Reportagem de Richard Lough)