11/08/2022 - 17:03
Um estudo divulgado na publicação Phytotherapy Research por cientistas chineses aponta que diversas substâncias naturais, dentre elas o resveratrol, presente no vinho tinto, podem ajudar no combate à infecção por Covid-19.
De forma geral, as substâncias estudadas atacam proteínas que são essenciais para o a sobrevivência do vírus. No caso do revesterol, por exemplo, a substância tem o potencial de melhorar o sistema imunológico das pessoas por meio do estímulo de células NK – que atuam na destruição de células invasoras, como vírus – assim como melhorando a função dos macrófagos, um tipo de célula do sistema imunológico que ataca e fagocita invasores, basicamente destruindo-os.
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Paralelamente, de acordo com o estudo, o resveratrol também auxilia na ativação das células T, essenciais para a regulação do sistema imunológico. O estudo também aponta que o resveratrol pode inibir receptores do tipo ACE2, associados à propagação do Covid, podendo, portanto, ajudar a impedir a infecção ao bloquear os vírus invasores.
Além de estar presente em vinhos tintos, o resveratrol já é largamente utilizado pela indústria farmacêutica, que vende suplementos à base da substância, sobretudo por causa do seu caráter antioxidante, termo que remete à capacidade da substância de proteger células contra os efeitos provocados pelos radicais livres produzidos pelo organismo. Os radicais livres provocam o enfraquecimento do sistema imunológico e causam o envelhecimento, além de provocar doenças graves como arteriosclerose.
É por essa ação antioxidante, portanto, que a substância acaba sendo vendida, já que também está associada à prevenção de doenças cardiovasculares, hipertensão e mesmo o Alzheimer. Com a nova descoberta, a substância inclui mais um benefício para a sua lista de melhoras ao organismo.
A pesquisa, realizada na China, foi realizada pelos doutores Yan Zhao, Shanshan Deng, Yujiao Bai, Jinlin Guo, Guoyin Kai, Xinhe Huang e Xu Jia e patrocinada pela Fundação Nacional de Ciências Naturais da China, pelo Programa Miaozi da Província de Sichuan e pelos Fundos Fundamentais de Pesquisa para as Universidades Centrais da China.